Leonor Borges Lacerda
Dalila Carmo
Leonor nasceu perto de Santarém, numa família de pequenos empresários agrícolas. Foi na Feira da Golegã que conheceu Miguel Borges Lacerda e se apaixonou por ele. Uma gravidez indesejada precipitou o casamento que lhe trouxe muitos dissabores, especialmente devido à personalidade machista e prepotente de Miguel que, com o passar dos anos, se revelou também um marido infiel. Do casamento nasceram três filhas: Mafalda, Júlia e Eva.
Com o desgaste do seu casamento, Leonor desenvolveu depressões que a levaram a longos períodos de internamento. Ao fim de dezoito anos, ela encontrou coragem para se divorciar de Miguel e saiu de casa, levando consigo as duas filhas mais novas. Mafalda, a mais velha, escolheu ficar com o pai.
Leonor tem uma irmã mais nova, Alba que, durante os seus longos períodos de internamento, a substituiu junto das suas filhas. As duas têm personalidades opostas, mas Alba é o seu único apoio.
Apesar das dificuldades no seu casamento e das batalhas contra a depressão, Leonor encontra a sua maior motivação no bem-estar das suas filhas. A descoberta de que Gaspar (um fotógrafo que despertou nela uma grande paixão no passado em Angola) deixou toda a sua fortuna às três raparigas é um catalisador para Leonor, que as encoraja a seguirem o caminho de liberdade e descoberta pessoal que ela negou a si mesma.