Tiago Castro recorreu às redes sociais, este sábado (20 de julho de 2024), para falar sobre os preconceitos que existem e de como ele os enfrenta.
«Sinto que como homem sou de uma forma geral condicionado a não mostrar fragilidade, doçura, intimidade com o toque, sensibilidade e emoções. Procuro contrariar essas expectativas. Nasci numa familia de homens que choram sem vergonha, homens esses que não tiveram pais assim, que através do amor conjugal descobriram e permitiram-se vulnerabilizar», começou por escrever.
«Digo ao meu pai e ao meu irmão que os amo, com regularidade. A estes, aos meus avós, tios e primos beijo-os na cara e abraço-os sempre que posso. Tenho compaixão por quem não tem esta benção. Sei o priveligiado que sou, mas não basta. Abram as portas e janelas dos corações dos homens, permitam-nos sentir e expressarem-se», apelou.
O ator falou ainda da ideia que existia há tempo atrás de como o homem deveria ser: «Tenho perfeita noção do peso da história destes falsos conceitos e pressupostos. O homem guardião e provedor. O homem que vai para a guerra a quem o sentir traz fragilidade e fraqueza. Eu já quebro de várias maneiras estes pressupostos. Como já diz o povo: um homem que é digno de se ver e apresentar é um homem alto e possante. Tamanho é documento».
«Avaliamo-nos primordialmente e primeiramente pela nosso conceito de animalidade. O mais forte vence. Repudio e luto contra estes falsos conceitos. Procuro não ceder às pressoes de grupo. Não me comporto de maneira diferente consoante o contexto e por sofrer na pele a injustiça do preconceito procuro acolher e ouvir quem se sente e é excluido. Sei que por sofrer de preconceito afirmo com mais veemência a minha masculinidade e feminilidade. Sou forte, corajoso e assertivo como uma mulher, e sensível, gentil e cuidadoso como um homem», concluiu.
Recorde-se que, em dezembro de 2023, o ator esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, no programa «Goucha», onde falou sobre o seu percurso e saúde mental: