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A história dramática de Samantha Lecathelinais: «Não havia nada positivo a que me pudesse agarrar»

  • 9 mar 2023, 15:56
A história dramática de Samantha Lecathelinais: «Não havia nada positivo a que me pudesse agarrar» - Big Brother

Samantha Lecathelinais abre o coração e revela que viveu momentos de verdadeiro desespero. «A dor e o desespero era tanto, de querer sair daquilo, que para mim era a saída mais fácil…»

Samantha Lecathelinais, uma das concorrentes que tentou entrar n’O Triângulo, contou, no Dois às 10, a sua história de vida dramática. A Jovem assumiu que, aos 16 anos, pensou colocar fim à vida e que já tinha assistido a uma tentativa da mãe. Samantha deu a volta por cima e conseguiu agarrar-se à esperança.

Samantha nasceu em França. As dificuldades começaram quando a mãe regressou a Portugal. «Fomos viver para casa do meu avô, as coisas não corriam bem, vivia-se um clima um bocado tenso (…) Uma das coisas que mais me impactou e chocou foi a tentativa que a minha mãe teve na altura, tomar comprimidos à minha frente... Ela acabou por parar porque eu estava a bater na janela do carro. Estava claro que alguma coisa não estava bem», contou.

«A minha mãe teve-me com 19 anos. Senti-me muitas vezes um estorvo, que estava ali e não pertencia aquele lugar. Aos 16 anos tentei tirar a própria vida, senti que não fazia sentido… não aconteceu nada de grave e foi ali que acordei para a vida. Pensei: ‘tens 16 anos dependes só de ti, vais aguentar até aos 18 e a partir dos 18 tomar o rumo da própria vida’. Tive de me agarrar a mim própria. Aos 21 saí de casa. Peguei nas minhas coisinhas e fui para o meu cantinho. Foi o melhor ano da minha vida. Quando saí de casa optei por me afastar um bocadinho porque trazia muita mágoa, muitas feridas abertas (…) Até que o Hugo chegou à minha vida e mostrou-me que perdoar cura muita coisa», descreveu, em lágrimas, acrescentando:  

«Quando tentei tirar a minha própria vida sentia-me tão sozinha e depois pensei: ‘há tanta gente que gostaria de estar no meu lugar’… Apesar de tudo, eu tinha saúde, eu conseguia andar… Pensei: ‘estou a ser tão ingrata e eu sei que vou dar a volta por cima’ (…) A dor e o desespero era tanto de querer sair daquilo que para mim era a saída mais fácil (…) Não havia nada positivo a que eu me pudesse agarrar , não havia aquele carinho, não havia aquele seio familiar que é tão necessário, entrei em tal desespero que para mim era a saída mais fácil».

Agora, Samantha diz que consegue perceber a mãe. «Uma pessoa amadurece, cresce e vê que a vida adulta não é assim tão fácil. A vida dela, claramente, que não foi fácil».

 

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