No «Dois às 10», a médica cardiologista Leonor Parreira, esclarece dúvidas sobre a fibrilhação auricular, uma condição que afeta o ritmo cardíaco. A especialista explica que a condição de que sofre Cláudio Ramos aumenta o risco de AVC. A fibrilhação auricular, segundo a médica, provoca uma contração rápida da aurícula, levando à formação de coágulos que podem deslocar-se para o cérebro. A toma de anticoagulantes é crucial para reduzir este risco, embora não o elimine completamente. Mesmo com tratamento para a arritmia, a anticoagulação pode ser necessária a longo prazo, dependendo dos fatores de risco do paciente, como idade avançada, hipertensão ou diabetes. A discussão também aborda tratamentos como cardioversão e ablação, além do uso de fármacos para controlar a condição. Saiba mais em TVI Player
De acordo com o site do Sistema Nacional de Saúde (SNS) a fibrilhação auricular é uma arritmia que se manifesta por batimentos cardíacos rápidos e irregulares. Nestes casos pode ocorrer uma espécie de “curto circuito” nas aurículas, que perdem a capacidade de contraírem normalmente. O coração em fibrilhação auricular não funciona de forma adequada, torna-se menos eficaz e apresenta o risco de formação de coágulos no seu interior. Estes coágulos podem libertar-se para a circulação sanguínea e dar origem a um Acidente Vascular Cerebral (AVC), a principal complicação desta arritmia.
Os sintomas possíveis das arritmias são:
- aumento ou diminuição da frequência do batimento cardíaco
- irregularidades do batimento cardíaco
- palpitações
- dor no peito
- dificuldade na respiração
Quando as arritmias afetam a capacidade do coração para bombear sangue, podem causar:
- enjoos
- tonturas
- desmaio
O tratamento vai depender do tipo e gravidade da arritmia, explica o SNS. Em pessoas com uma arritmia inofensiva, o tratamento suficiente pode ser a confirmação de que a arritmia não tem gravidade. Evitar o consumo de álcool, cafeína e tabaco são medidas igualmente importantes.
Quais os tratamentos?
- medicamentos antiarrítmicos, para arritmias com frequência cardíaca rápida
- estimulação do ritmo cardíaco (pacemaker), para arritmias com frequência cardíaca lenta. O pacemaker é um sistema de estimulação implantado sobre a pele abaixo da zona clavicular para controlar e promover os batimentos cardíacos
- aplicação de choque elétrico, para arritmias com frequência cardíaca rápida, sob sedação/anestesia
- ablação por cateter, aplicação de energia (radiofrequência ou crioenergia) no interior do coração, para terminar ou modificar a arritmia