Turista brasileira está presa há três dias dentro de vulcão ativo na Indonésia - V+ TVI1224
Fotos: Instagram | Matthew Williams-Ellis/Education Images/Universal Images Group via Getty Images

Turista brasileira está presa há três dias dentro de vulcão ativo na Indonésia

  • Redação V+ TVI
  • 23 jun, 19:11

Juliana Marins sobreviveu a uma queda de 500 metros, mas continua numa das escarpas à espera de ser resgatada

Juliana Marins, uma turista brasileira de 26 anos, está presa há três dias numa zona de difícil acesso dentro das paredes de um vulcão ativo, na ilha de Lombok, na Indonésia. A jovem caiu numa ravina nas proximidades do Monte Rinjani, durante uma caminhada na manhã de sábado, 21 de junho.

De acordo com informações divulgadas pelo Parque Nacional do Gunung Rinjani, a queda ocorreu por volta das 6h30 (hora local), quando Juliana seguia pela trilha em direção ao cume do vulcão, na zona de Cemara Nunggal.

Desde então, as operações de resgate têm sido extremamente desafiantes. Numa publicação feita nas redes sociais nesta segunda-feira, 23 de junho, o parque informou que a jovem foi localizada através de imagens de drone, encontrando-se imóvel numa escarpa a cerca de 500 metros de profundidade. As equipas relatam que Juliana está “presa num penhasco rochoso e visualmente sem movimento”.

Apesar dos esforços, o resgate tem sido dificultado pelas condições meteorológicas adversas, incluindo nevoeiro denso e terreno instável. Foram mobilizados dois elementos de resgate para descer até ao local e verificar a possibilidade de ancoragem a 350 metros, mas salientes de rocha impediram a instalação segura do equipamento. “A única alternativa é descer escalando”, confirmou o parque.

Entretanto, helicópteros foram usados para tentar acelerar o processo, mas sem sucesso até ao momento. Imagens obtidas pela estação brasileira TV Brasil EBC mostraram Juliana consciente, sentada em solo vulcânico cinzento, e aparentemente agitada. As equipas conseguiram entregar-lhe alimentos e água, mas a extração da jovem continua sem sucesso.

Segundo a BBC, no dia do acidente, os socorristas ainda ouviram Juliana a gritar por ajuda, mas perderam contacto ao descerem cerca de 300 metros. No dia seguinte, ela já não se encontrava no mesmo local e só voltou a ser localizada na segunda-feira, antes de as condições climatéricas obrigarem a uma nova retirada.

A família da jovem partilhou a angústia nas redes sociais:

“UM DIA INTEIRO e só avançaram 250 metros. Estavam a 350 metros da Juliana e recuaram. PRECISAMOS DE AJUDA, O RESGATE TEM DE CHEGAR À JULIANA URGENTEMENTE!”

Numa atualização mais recente, os familiares informaram que dois guias experientes estão a caminho para reforçar os trabalhos no terreno. O Parque Nacional garante que a equipa de resgate permanece de prontidão, "comprometida em continuar os esforços da melhor forma possível para garantir a segurança de todos".

Contactados pelo portal PEOPLE, o Parque Nacional de Gunung Rinjani e a equipa de busca e salvamento (SAR) ainda não emitiram novos comentários.

Recorde-se que um dos vulcões mais ativos do mundo é o Kilauea, no Havai, que há apenas dois dias voltou a entrar em erupção, com a lava a atingir 300 metros de altura, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Em 2018, foram partilhadas imagens impressionantes da lava a consumir um carro estacionado nas proximidades desse vulcão.

Veja, na galeria em cima, algumas das imagens mais impressionantes do Monte Rinjani, que atrai turistas do mundo inteiro ao vulcão mais ativo da Indonésia.

Relacionados

Fora do ecrã

Mais Fora do ecrã