«Na etnia cigana, as pessoas com deficiência são consideradas inferiores»

  • 28 jul 2021, 18:11

No «Goucha», José Martins recorda como foi abandonado pelos pais à nascença.

José Martins tem 27 anos e uma história de vida repleta de drama, violência, desespero e superação. José nasceu com uma deficiência: distrofia muscular congénita. Os pais, de etnia cigana, consideravam uma vergonha ter um filho assim e abandonaram-no à nascença: «Na etnia cigana, as pessoas com deficiência são consideradas inferiores».

Este foi o primeiro de muitos acontecimentos na vida deste jovem, que teve de batalhar muito para sobreviver. Até aos 4 anos, José viveu no Hospital de Évora até ser colocado numa família de acolhimento. Junto de outras crianças, José foi vítima de violência e, por isso, retirado pela Segurança Social e entregue a uma instituição para pessoas com deficiência mental. Foi lá que viveu desde os 8 anos até aos 18.

José voltou a encontrar os pais e viveu com estes durante algum tempo em condições degradantes. Foi nesse momento que percebeu que não se incluía na família, sendo muito crítico com a cultura cigana.

Em 2015, José começou a dar um novo rumo à sua vida: concluiu o ensino secundário e arranjou emprego. Em 2019 lançou o seu primeiro livro e já tem outro planeado.

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