No «Goucha», a convidada recorda o dia que mudou a sua vida para sempre.
Adriana Veloso tinha 12 anos quando viveu o maior trauma da sua vida na altura em que foi violada por um homem do centro de estudos do qual fazia parte. Escondia tudo o que se passava, com vergonha do que pudesse vir a acontecer: Adriana revelou, com sofrimento, o dia em que tudo aconteceu: «No fim de me tirar a inocência, ainda me pediu para limpar tudo o que era sangue».
O seu único confidente era o diário, chamando-lhe «grito sem voz». Adriana inventou uma história para se afastar do abusador, porque já não aguentava viver daquela forma. Começou a sofrer ataques de pânico, que lhe provocavam convulsões. Auto-mutilava-se porque não aguentava viver com aquele sofrimento, tentando várias vezes pôr termo à vida.
Adriana acabou por ser reencaminhada para um psiquiatra e foi um longo processo até se reencontrar. Adriana apenas contou o que tinha acontecido em idade adulta. Atualmente, ainda são marcas que a perseguem, mas a ajuda da hipnoterapia tem sido essencial.