Carla viveu durante muito tempo com os valores das testemunhas de Jeová em casa, até os questionar.
Carla Duarte cresceu em Loures, numa família como tantas outras. Mas no seu 3º aniversário, teve direito à sua última festa de anos. A sua mãe juntou-se às Testemunhas de Jeová e mais tarde converteu o marido. Carla cresceu num ambiente de opressão e fanatismo pela religião. Toda a sua vida foi condicionada pelas rotinas da congregação e a sua insatisfação culminou na saída de casa dos pais, aos 18 anos, em busca de alguma liberdade: «Ali só morava quem adorava a Jeová»
Carla casou, constituiu família, mudou-se para o Barreiro, e deixou em Loures um passado repleto de mágoa. Um capítulo que fechou e no qual ficaram os seus pais, Testemunhas de Jeová
Carla foi criada por uma ama que não era testemunha de jeová até aos 12 anos e, por isso, foi conhecendo outra religião e outra forma de vida. Foi crescendo com várias regras rígidas e, por isso, quando os pais souberam do namoro que escondia rejeitaram-na como filha. Aos 18 anos, quando saiu de casa Carla casou com o atual marido. Considera que a ama foi uma verdadeira mãe e que a apoiou em tudo.
Mãe de dois filhos batizados, Carla casou pela igreja. Ao longo dos anos, tentou aproximar-se dos pais mas as reações foram distintas. Se o pai se comoveu ao conhecer o neto, a mãe rejeitou a aproximação.
Conhecemos ainda o filho mais novo de Carla, que não esconde a mágoa por não ter relação com os avós. Admite que quando for mais velho pode procurar o contacto com o avô, por lhe parecer a pessoa mais disposta a.