EDP, PT e REN são apostas acertadas em fases de crise

As últimas semanas têm sido «negras» para as bolsas internacionais. Os receios de que a crise financeira internacional ganhe proporções ainda maiores e que a economia mundial entre numa recessão profunda levou os investidores a voltarem costas aos mercados accionistas e a venderem acções de forma descontrolada, arrastando os mercados para perdas vislumbradas em muito poucas ocasiões.

Uma questão pertinente que se coloca é: Face a esta realidade ainda fará sentido aos investidores apostarem em acções defensivas tendo em conta a actual turbulência nos mercados? Segundo especialistas consultados pelo «Semanário Económico», a questão não se coloca.

«A minha opinião é claramente que sim!», faz questão de frisar Nuno Serafim, responsável da IG Markets. Uma opinião também partilhada por João Lampreia, analista do banco BiG: «há sempre as excepções à regra, mas num cenário como o actual e numa perspectiva de longo prazo faz sentido uma alocação progressiva a sectores defensivos porque não serão tão penalizados como os restantes».

Entre as empresas defensivas mais seguras para apostar no actual momento, as opiniões quer das casas de investimento quer dos especialistas consultados, são mais favoráveis relativamente às farmacêuticas, mas sobretudo em relação às telecoms, em especial as mais diversificadas regionalmente, e a utilities ligadas à produção e distribuição de electricidade, diz ainda o mesmo jornal.

No mercado nacional, as utilities portuguesas EDP e REN, e a Portugal Telecom são as que melhor se posicionam neste contexto, reunindo as opiniões mais favoráveis.