Novas Oportunidades: um em cada três diz que teve benefícios na carreira - TVI

Novas Oportunidades: um em cada três diz que teve benefícios na carreira

Site das Novas Oportunidades atacado por hacker

Cerca de 10 por cento dos que mencionaram ter sentido efeitos positivos afirmaram ter conseguido um aumento salarial

A Iniciativa Novas Oportunidades já deu «frutos» para quem a frequentou. Um terço dos adultos que passaram pelas Novas Oportunidades consideram que tiveram benefícios na carreira profissional e, entre esses, 10 por cento referem mesmo que tiveram um aumento salarial.

As conclusões constam da avaliação externa de 2010 à Iniciativa Novas Oportunidades (INO), realizada pelo Centro de Estudos da Universidade Católica Portuguesa e apresentada esta sexta-feira em Lisboa. Uma avaliação centrada no segmento da população adulta que frequenta o programa de qualificação, de acordo com a Lusa.

Em resposta às entrevistas que estão na base do estudo, uma em cada três pessoas declarou ter sentido efeitos positivos na carreira profissional decorrentes da passagem pelas Novas Oportunidades.

Cerca de 10 por cento daqueles que mencionaram ter sentido efeitos positivos declararam ter conseguido um aumento salarial e 27 por cento referiram uma maior delegação de competências por parte dos chefes.

«Quando uma em cada três pessoas que concluíram os seus percursos na iniciativa já sentiram impactos nas suas empresas, nos seus locais de trabalho, [isso] revela o enorme potencial que esta iniciativa tem», afirmou o presidente da Agência Nacional para a Qualificação, Luís Capucha.

O grupo que coordenou o estudo reconhece, no entanto, que não é possível saber o impacto do programa na obtenção de emprego. Mas 9,5 por cento dos que sentiram benefícios depois de passarem pela INO consideram que será também mais fácil conseguir trabalho se ficarem desempregados.

O coordenador do estudo, Roberto Carneiro, destacou os progressos na obtenção de «soft skills», capacidades de valorização pessoal e social, como maior capacidade de comunicação, motivação para continuar a aprender ou até o sentimento de conseguirem agora ser melhores pais.

«O programa pode ser visto de duas formas: o copo meio cheio ou meio vazio. O programa tem pouco tempo ainda. Impactos de natureza económica, sobretudo no tempo de crise em que vivemos, têm de ser vistos com calma e com tempo».

Roberto Carneiro considera que um milhão e 200 mil pessoas inscritas, 400 mil certificadas e 500 mil em processo de certificação «é um número enorme, de uma escala sem equivalente a nível europeu», mas que põe problemas de gestão que têm de ser resolvidos, como os tempos de espera.

«A avaliação verificou que está em cerca de 45 dias, recomendamos 15 dias para as pessoas não desanimarem», disse.
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