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Capotar, mas só a brincar

Dezenas de jovens experimentaram a sensação de estar de cabeça para baixo dentro de um carro. Simulador mostra a importância do cinto e ensina como reagir em caso de acidente. De forma lúdica se aprendem lições importantes, dizem responsáveis

De cabeça para baixo dentro de um carro capotado: por esta situação passaram dezenas de estudantes da Faculdade de Engenharia do Porto, mas desta vez não se tratava de um acidente de viação, apenas de uma experiência num simulador. Este é apenas um dos elementos da feira de segurança que assinala o dia europeu da prevenção rodoviária e a primeira semana mundial sobre o tema promovida pela ONU.

O simulador, que imita o comportamento de um veículo que capota, mostra a quem se encontra no interior a importância do uso do cinto de segurança. «Quando estamos de cabeça para baixo, o nosso corpo pesa o triplo e só o cinto nos segura», explicou uma das responsáveis por accionar o simulador, informação facilmente comprovada por todos os que viveram a experiência, incluindo a reportagem do PortugalDiário.

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«Nesta circunstâncias, o primeiro instinto que temos é tirar o cinto, mas se fizermos isso, vamos bater com a cabeça no tejadilho o que vai provocar danos ao nível da cervical», explicou. «Assim, o melhor é manter a calma e fazer força com os braços e pés até sentir que o cinto fica com folga e depois soltar com cuidado».

Os que saíam do simulador tinham uma opinião unânime: «É incrível como o cinto de segurança é importante e nos segura mesmo», diziam vários jovens, ainda atordoados pela experiência. «Tão cedo não me esqueço da sensação de estar pendurado de cabeça para baixo», disse André Silva, de 19 anos.

O evento esteve nos dias 23 e 24 de Abril instalado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria e em 26 e 27 de Abril marcou presença na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. O objectivo do evento é «despertar a atenção do público mais jovem para a problemática das vítimas de sinistralidade rodoviária, promover o cumprimento das regras da estrada e o uso dos meios de segurança», disse ao PortugalDiário Graça Amaral da Liberty Seguros, uma das promotoras da iniciativa.

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No local estava ainda um simulador de condução de moto da responsabilidade da Federação Nacional de Motociclismo. Segundo Nuno Barradas, responsável desta entidade, o simulador, «além de ser uma experiência divertida, permite um primeiro contacto com a moto e ajuda a perceber o tipo de perigos que aparecem na estrada». «Serve para alertar para a importância da condução defensiva», adiantou.

Nelson Couto, de 19 anos, foi um dos que experimentou. Durante o percurso, eram muitas as armadilhas que apareciam ao jovem estudante. Peões que surgiam de repente, portas de carros que eram abertas sem aviso, veículos que não respeitavam a sinalização e claro, a bola que aparece no meio da rua, logo seguida de uma criança que a vem buscar. Esta experiência é importante para Nelson que está precisamente a tirar carta de moto e de carro.

Além dos simuladores, os visitantes puderam ainda fazer um teste de reflexos para saber qual a capacidade de reacção que têm e uma explicação sobre como o álcool, as drogas e o cansaço afectam o tempo de reacção na estrada.

E ninguém sai da feira de segurança sem responder as umas perguntinhas sobre o código da estrada. Uma brincadeira que até vale um brinde, mas mostra o nível de conhecimento dos portugueses sobre as regras a cumprir. «Normalmente respondem certo, mas as coisas pioram quando se trata de questões relativas a alterações que foram introduzidas neste novo código», explicou Sara Nunes, uma das responsáveis por inquirir os visitantes. Mas há quem se divirta e até «peça para fazermos mais perguntas para ver se continuam a acertar», garante.

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