A CIP alega que essa é uma competência do LNEC.
«A componente ambiental do estudo da CIP apresenta uma análise centrada apenas em Alcochete», afirmou à «Lusa» Francisco Van Zeller, acrescentando que o trabalho «não apresenta nenhuma comparação com a Ota», porque, segundo disse, «esse é o trabalho do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC)».
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A 11 de Julho, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, mandatou o LNEC para realizar um estudo comparativo entre a Ota e Alcochete, com o objectivo de saber qual destes é o melhor local para construir o novo aeroporto de Lisboa.
No entanto, a associação ambientalista Quercus admitiu, na quinta-feira, a hipótese de recorrer aos tribunais para obrigar o Governo a realizar um novo estudo de impacte ambeiental (EIA) das alternativas para a localização do novo aeroporto de Lisboa.
«Sugerimos que sejam estudadas as opções Ota; Portela, mais um aeroporto e a construção faseada de Alcochete; um novo aeroporto de raiz em Alcochete; e manter a Portela, mas apoiada pelo aeroporto do Montijo», disse Francisco Ferreira, da Quercus.
«Se o Governo não quiser fazer esse caminho (de estudar todas estas novas alternativas), e se chegarmos à conclusão de que a lei o obriga a fazer, vamos recorrer aos tribunais» para que seja obrigado a fazer um novo EIA, acrescentou.
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De acordo com Van Zeller, o estudo das componentes ambientais incluído no estudo patrocinado pela CIP, da responsabilidade da equipa coordenada pelo professor Carlos Borrego, «analisa muitas componentes, como a meteorológica, a arqueológica, o ruído, ou a alteração da paisagem, abrindo o caminho para que o local (Alcochete) possa ser comparado com a Ota».
«Até agora, a análise ambiental demonstrou que Alcochete é uma alternativa viável e muitíssimo vantajosa, pois não tem prejuízos para o ambiente, quer a nível de movimentação de terras, de alteração da paisagem ou de populações atingidas», explicou Francisco Van Zeller.
«A construção do aeroporto em Alcochete não prejudica ninguém porque não vive lá ninguém», acrescentou, ressalvando, contudo, a existência de «ligações ferroviárias e rodoviárias muito boas».
A segunda fase do estudo da CIP sobre a localização do novo aeroporto, que estará pronta no final de Setembro, inclui três componentes: ambiental, acessibilidades e estratégia.
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