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«Há novidades de Madeleine»?

Pergunta quem passa pelos jornalistas ou pelos homens que procuram a menina. As zonas são batidas mais de uma vez, para «não escapar nada». O PDiário acompanhou as buscas nas ravinas

A hora do almoço já lá vai. Os turnos mudaram e chegaram homens frescos para as buscas da tarde. Depois de receberem indicações, partem para o terreno divididos em pequenas equipas, para procurar a pequena Maddie. O PortugalDiário esteve com eles, junto às ravinas, em Lagos.

O calor é imenso e os rostos não escondem o desconforto do suor que escorre, longe das sombras, em campo aberto. De quando em quando, uma paragem numa árvore mais alta ajuda a arrefecer. De repente, passa um carro conduzido por uma cidadã britânica que questiona: «Querem água fresca? Tenho aqui».

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«Não obrigado», respondem. Por cortesia talvez ou brio profissional. Ao longe, um casal de turistas passeia perto do mar. «São voluntários?» perguntamos. «Não. Estão só a passear. Mas enquanto passeiam "procuram" e depois dizem-nos onde andaram e que não viram nada».

Há uma reacção de solidariedade para com a família britânica. Dos portugueses e dos estrangeiros. «Quando passam por nós, perguntam se há novidades», refere um dos guardas.

Aliás, até o PortugalDiário foi abordado por transeuntes pedindo notícias. «Já há novidades?» perguntaram muitos que passaram junto à casa, na praia da Luz, de onde a menina foi levada.

Um casal inglês tenta mesmo saber, junto dos jornalistas, se há alguma forma de falarem com a família de Madeleine para lhe transmitirem o seu apoio. Apesar de não serem ajudados, ficam ali durante algum tempo, na esperança de verem os pais.

Casas abandonadas

Muita terra. E ao lado, muito mar. Os agentes da GNR já estiveram ali, mas é preciso passar mais vezes «não tenha escapado algo». Tem sido assim e «vai continuar». Os homens de quase todo o Algarve «estão mobilizados para este caso» e não são apenas os da zona que palmilham as ravinas.

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A zona de mato junto às ravinas é extensa, com partes bastante altas. Junto a vivendas de luxo, de muros altos, encontram-se casas velhas e abandonadas. Sem portas, sem janelas, mas que podem esconder crimes entre as paredes que restam.

Os dias passam e a esperança começa a ter fome. Ninguém assume, mas poucos acreditam que vão encontrar Madeleine. Mesmo assim os cinco guardas prosseguem caminho. A tarde vai a meio e ainda há trilhos para seguir.

O sol não perdoa e o PortugalDiário abandona a busca mais cedo. Amanhã há mais. Os homens serão outros, mas o objectivo será o mesmo.

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