Já fez LIKE no TVI Notícias?

«Não se vê acção» da polícia

Ex-detective britânico critica acção «pouco visível» das autoridades portuguesas. Chegaram mais polícias britânicos para ajudar nas buscas. Profilers ingleses já estão em Portugal

O embaixador britânico em Portugal, John Buck, revelou que já chegaram a Portugal elementos da polícia britânica para ajudarem as autoridades portuguesas na investigação do desaparecimento da pequena Maddie.

A SIC avança que estes novos elementos britânicos em Portugal são profilers que vêm tentar definir o perfil do possível raptor.

PUB

Polícia portuguesa «não dá informação» e «podia fazer mais

Sem conhecer os factos da investigação por ser um simples observador, Mark Williams-Thomas, ex-detective da polícia criminal de Surrey, arredores de Londres, apenas se atreve a colocar alguns cenários para o estranho desaparecimento de Madeleine, na noite da passada quinta-feira, em Lagos. Mas, apesar de olhar de fora, lamenta a pouca acção visível das polícias portuguesas.

«Não dão informação» para o exterior e o que «é visível da acção da polícia é pouco», afirma. Para o ex-detective as autoridades deviam «estar junto ao local do crime, a interpelar as pessoas. Deviam ter batido às portas de todos os apartamentos do empreendimento turístico e dos prédios vizinhos. Se não estivesse, ninguém voltavam mais tarde para insistir», explica.

Mark Williams-Thomas reconhece que estão a decorrer inquéritos no que chama de «bastidores», mas lembra que todos desejam ver «algo mais importante, como apelos à população» ou a falar com «as pessoas da zona e do hotel».

PUB

Podiam perguntar, por exemplo, se viram «algum carro ou alguma pessoa suspeita nos dias ou semanas antes do desaparecimento», sugere o ex-investigador.

Ela pode estar perto

A hipótese de Madeleine estar presa num apartamento próximo é improvável «devido à forte presença e pressão dos jornalistas», mas isso não significa que seja impossível ou que não possa estar perto», a alguns metros. Daí insistir na necessidade de se baterem em todas as portas.

Para o que aconteceu na noite em que Madeleine desapareceu, o actual detective privado, convidado pela estação britânica Sky News para acompanhar em Portugal o caso apenas coloca cenários.

«Ela pode ter saído pelo seu próprio pé, mas isso é cada vez mais improvável, porque o tempo de ausência já é muito grande», explica o ex-policial. «A segunda possibilidade é um casal ter levado a menina porque queria uma filha. No entanto, tenho dúvidas, uma vez que não foi levado o cobertor e o urso de peluche», algo que, segundo Mark Williams-Thomas, iria perturbar a menina e «dificultar a sua adaptação a estranhos».

PUB

Outro cenário é a menina «ter sido levada para ser vendida por uma rede dedicada ao tráfico de seres humanos» e, finalmente, o ex-detective teme o que considera «o pior cenário»: que tenha sido «levada por um pedófilo e assassinada».

Quantos mais dias passam, pior pode ser o desfecho

Mark Williams-Thomas afirma que «tenta manter-se optimista», mas reconhece que «quantos mais dias passam, mais triste se adivinha o final».

A diferença na actuação entre a polícia britânica e portuguesa tem sido difícil de compreender para todos os britânicos. O ex-policial considera complicado explicar às pessoas e até às autoridades inglesas «o controlo muito apertado da informação».

Quanto à presença de agentes da Scotland Yard, Mark acredita que «estão cá, essencialmente, para ajudar e dar apoio à família». A sua função não será «ajudar as autoridades portuguesas. O que não significa que não possa haver colaboração».

PUB

Últimas