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Os olhos do mundo em Portugal

São dezenas e não páram de chegar desde sexta-feira à vila da Luz, no Algarve. Televisões, jornais e rádios de todo o mundo querem saber onde está Madeleine. Uma história que se alimenta pelo lado trágico do acontecimento

O Reino Unido é sem dúvida o país com mais jornalistas na praia da Luz, em Lagos. Só a estação de televisão Sky News tem várias equipas compostas por jornalistas, apresentadores e produtores. A BBC também está bem representada e o número de pessoas deve chegar às 20. Mas também a Alemanha, o Brasil, a Espanha e a Noruega enviaram repórteres para o local.

São os olhos do mundo postos em Portugal, dia e noite. Madeleine, uma menina inglesa de três anos desapareceu sem deixar rasto. Tornou-se capa de jornais com direito a abertura nos telejornais em várias línguas.

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Este caso tem «um lado trágico» afirma ao PortugalDiário Amanda Walker, jornalista da Sky News. «Toda a gente fala disto. Seja no trabalho ou no café», continua.

A primeira equipa «veio sexta à noite e a segunda no sábado de manhã. Desde então têm chegado mais pessoas. É uma forma de assegurar que o caso tem cobertura de todos os ângulos possíveis», explica a repórter inglesa, que não sabe até quando a sua estação de televisão vai ficar no Algarve. «Não há regresso marcado».

Formas diferentes de trabalhar

Amanda admite alguma «falta de entendimento - por parte dos jornalistas britânicos - em relação à forma de trabalhar das autoridades portuguesas» e justifica que «no Reino Unido há actualizações constantes dos inquéritos, por parte da polícia. «Aqui, é tudo fechado. E também achamos estranho que além de nós, a família não saiba o que as autoridades estão a fazer». No entanto, garante haver um esforço «para respeitar essa posição».

Neste momento, «a história não se limita à Grã-Bretanha e a Portugal. Há jornalistas a chegarem todos os dias», confirma. «É uma história grande, o mundo está com os olhos em Portugal», termina.

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O «pesadelo» que está a ser vivido pela família da menina foi «o principal motivo» que levou a televisão alemã RTL a enviar um jornalista a Portugal. Mas não só. «Primeiro pensámos que tinha sido a menina a sair do quarto sozinha, mas quando se percebeu que podia ser um rapto, viemos», explica ao PortugalDiário Burkhard Wennermar.

A relação entre os jornalistas alemães e a polícia alemã é igual à do Reino Unido. «É dada informação aos jornalistas. Quando são casos importantes, há um porta-voz sempre disponível para confirmar ou não os dados. Acho que é uma forma de as autoridades alemãs evitarem especulações sobre os inquéritos», acrescenta.

Podemos voltar cá

A RTL vai ficar dois ou três dias. «Se o caso não tiver resultados nos próximos tempos é possível que voltemos».

Questionado sobre a ideia que está a ser transmitida para o exterior e sobre se acha que a imagem de Portugal pode ser afectada, o repórter responde que «não» porque considera que «o público entende que isto podia acontecer em qualquer parte do mundo».

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A BBC tem previsto ficar até à próxima terça-feira, mas o decorrer dos dias irá determinar se o prazo é encurtado ou alargado.

Os portugueses

Os jornalistas portugueses também invadiram a Vila da Luz. Quem tem delegações no Algarve, pôs o pessoal na rua e quem não tem enviou repórteres.

A primeira reacção aos jornalistas estrangeiros foi «positiva», mas foi impossível deixar de reparar na forma como trabalham e se posicionam em campo. «Até têm chapéus-de-sol».

Sempre que podem, os colegas portugueses ajudam nas traduções e passam informação como, por exemplo, se há conferências de imprensa, onde e a que horas.

Mas muitos repórteres portugueses estão a pensar ir para casa mais cedo. Até ao fim-de-semana, muitos devem abandonar a Vila da Luz.

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