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Refinaria em Badajoz não afectará Portugal

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Empresa promotora do projecto rejeitou que equipamento provoque impactos ambientais no nosso país

A empresa promotora do projecto de uma refinaria na região espanhola de Badajoz (Extremadura), a cerca de 100 quilómetros da fronteira com o Alentejo, rejeitou esta sexta-feira à agência Lusa que o equipamento provoque impactos ambientais em Portugal.

«Trata-se de uma refinaria própria do século XXI, que não terá nada a ver com as construídas há 30 anos, e utilizará tecnologia de última geração, contribuindo para a sustentabilidade dos recursos existentes e reduzindo o potencial contaminante», assegurou a empresa.

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Refinaria em Badajoz «é inevitável»

Ambientalistas não querem refinaria em Badajoz

Contactada pela agência Lusa, a promotora do projecto, Refinería Balboa, S.A., do grupo Alfonso Gallardo, defendeu que estas fábricas «são compatíveis com o desenvolvimento agrícola, pecuário e turístico da sua zona de influência».

A refinaria Balboa está projectada para o município de Santos de Maimona, província de Badajoz (Extremadura), a cerca de cem quilómetros da fronteira com Portugal.

O projecto, que inclui a análise do impacto transfronteiriço envolvido, está em consulta pública em Portugal desde quarta-feira e até 24 de Fevereiro, no âmbito da Avaliação de Impactes Ambientais.

A construção do equipamento tem suscitado críticas dos dois lados da fronteira, nomeadamente de ambientalistas portugueses e espanhóis, assim como de autarcas e empresários alentejanos.

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Os receios

Os receios são que a refinaria prejudique o ambiente e a saúde pública de um lado e de outro da fronteira, sobretudo com a contaminação do ar e da bacia hidrográfica do rio Guadiana e da albufeira de Alqueva, para onde estão previstos projectos turísticos em concelhos do Alentejo.

Um responsável da empresa promotora, Juan Sillero (consejero delegado de Refinería Balboa), refutou hoje as críticas e considerou «absurdo» aludir-se a repercussões negativas em Alqueva, nomeadamente nos projectos turísticos associados à albufeira.

«É como perguntar se a refinaria da Cepsa, em Huelva (na Andaluzia), afecta o desenvolvimento turístico do Algarve (a uma distância menor do que a refinaria Balboa fica de Alqueva)», comparou.

Não afecta o Alqueva

Juan Sillero recordou também que, há cerca de um ano, numa deslocação a Monsaraz (Reguengos de Monsaraz), o primeiro-ministro José Sócrates garantiu que o projecto da refinaria não iria afectar a qualidade, nem os padrões ambientais, de Alqueva.

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O responsável espanhol explicou que, relativamente à contaminação do ar, «não existe nenhum tipo de previsão de incremento significativo das emissões» na área envolvente à refinaria, pelo que «muito dificilmente se produziriam em Portugal, que dista uns 100 quilómetros».

Juan Sillero argumentou ainda que a refinaria «não contaminará, de modo algum, a bacia do Guadiana, já que os efluentes da fábrica serão submetidos a um rigoroso tratamento de depuração», para que a «qualidade da água depurada seja totalmente compatível» com a desse rio.

«Também não se pode dizer que [o projecto] irá influir nas alterações climáticas, que são um assunto global, não de determinadas zonas geográficas ou comunidades», disse.

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