Em comunicado, o sindicato reage assim à notícia avançada pelo «Diário Económico», de que a Anacom se opõe ao projecto de decisão da Autoridade da Concorrência, que autoriza a OPA com determinadas condições.
O STPT lembra que tinha já entregue ao presidente da Anacom, Amado da Silva, um documento «onde argumentava a necessidade de rejeição da OPA da Sonaecom à PT».
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Para os trabalhadores, o «projecto empresarial da Sonaecom para a PT passaria pela destruição do Grupo enquanto grupo empresarial mais importante do País, aumentaria a concentração no mercado das telecomunicações, geraria instabilidade em milhares de postos de trabalho nas empresas do Grupo».
«É importante a decisão da Anacom, pois ela envolve os interesses múltiplos dos consumidores, dos cidadãos em geral, da necessidade de investimento na modernização das telecomunicações, da acessibilidade das populações a um serviço universal de qualidade neste sector», diz o comunicado do STPT.
Aos olhos desta estrutura sindical, este parecer da Anacom «permite de futuro ao regulador exigir um conjunto de padrões que garantam a promoção adequada do trabalho e dos direitos dos trabalhadores».
O STPT espera agora que «a AdC tenha em conta os conselhos da Anacom e decida também de forma idêntica rejeitando a OPA da Sonaecom» e releva que «é importante também que o Governo e o primeiro-ministro tenham em conta esta relevante decisão, tornando possível repensar o seu posicionamento face ao futuro da PT, nomeadamente quanto ao seu desmembramento, separando em duas empresas distintas a rede de cabo e a rede de cobre».
O sindicato aguarda ainda reuniões já solicitadas com o Ministério da tutela e com a AdC e pondera solicitar encontros com a Administração do BES e com a Administração da Telefónica como principais accionistas do Grupo PT.
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