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Fórum: reflexão sobre o negócio do futebol

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As oportunidades perdidas num jogo que apenas 1% da população paga para ver. E o leitor? Já reflectiu sobre o negócio de futebol? Leia o artigo e dê-nos a sua opinião

O futebol profissional português é provavelmente o produto mais fácil e mais difícil de vender. Mais fácil porque toda a gente sabe o que é, toda a gente sabe que existe, toda a gente sabe onde está à venda.

Mais difícil porque toda a gente desconfia do seu valor, porque quem o fabrica insiste em gritar que o produto está estragado e porque a ocupação do espaço público é quase sempre feita de forma deficiente.

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Aqui começa o problema. O produto futebol português é, de uma forma geral, visto como pouco qualificado. Por razões pouco discutíveis: erros graves, desconfiança sobre a verdade desportiva, jogadores de qualidade duvidosa, estádios que oscilam entre o muito bom e o mau, horários incertos, nível de linguagem poucas vezes atractivo.

Na prática, o número de pessoas interessadas em pagar para ir aos estádios ver jogos de profissionais não excede, em média, as 100 mil. Um por cento da população, portanto.

Depois há mais alguns que aceitam pagar qualquer coisa para saber o que se passa no futebol português. São os que subscrevem a SportTV e adquirem jornais desportivos. Não existem estudos, mas acredito que muitos são os que também vão aos estádios.

Existe ainda uma categoria, bem maior do que a anterior: são os que aceitam ver futebol na televisão, sem pagar. Um pouco mais de um milhão (audiência média), todos os fins-de-semana.

Façamos contas, então.

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Apesar de divulgada como nenhuma outra actividade, o futebol só convence um por cento da população a pagar aos clubes. E se for de borla só atrai a atenção de dez por cento dos potenciais interessados. No entanto, este número é multiplicado por quatro em grandes eventos que envolvem a selecção nacional, como Mundiais ou Europeus.

O meio mais eficaz para comunicar com massas continua a ser a televisão em sinal aberto. Mas se continuar como está o futebol português será um produto cada vez menos interessante. Por isso menos visto, logo menos «comprado». Logo, pobre.

Provavelmente nada disto interessa aos adeptos dos clubes, nos dias em que ganham. Mas devia preocupar quem está obrigado a fazer contas, sobretudo se tiver como ambição que algum dia saiam do vermelho.

E o leitor? Já reflectiu sobre o negócio de futebol? Leia o artigo e dê-nos a sua opinião no espaço de comentários

[artigo resumido da análise «Reflexão sobre o negócio do futebol». Leia tudo aqui]

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