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Alemanha e Polónia aliviam pressão climática sobre União Europeia

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Merkl e Tusk já põem de lado a hipótese de veto

A Alemanha e a Polónia deram esta terça-feira indicações de que vão aliviar a resistência a um acordo entre os países da União Europeia (UE) na cimeira dos próximos dias 11 e 12, depois do encontro entre a chanceler Angela Merkl e o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, em Varsóvia.

Os motivos dos dois países são diferentes, mas ambos têm colocado obstáculos à aceitação de um pacote que será discutido nos dois últimos dias da conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas, que decorre em Poznan.

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A Alemanha é a maior economia da Europa e pretende minimizar os efeitos do pacote energia-clima europeu na sua indústria, sobretudo, automóvel. Merkl admitiu ter sido dado «um grande passo em frente». «Podemos permitir-nos um optimismo cauteloso», afirmou a chanceler alemã citada pela agência Reuters em relação à cimeira e assumindo que «a probabilidade do veto é agora menor».

Dobald Tusk também reconheceu «mais um passo em frente na direcção de um acordo que seja bom para todos e não apenas para um grupo de países» e, citado pela Reuters, já fala do veto como uma solução dramática.

O primeiro-ministro polaco defende os interesses de um país que depende em 95 por cento da energia do carvão e é contra o sistema de atribuição de licenças de poluição previsto para 2013 pelos custos que isso trará, como deixou vincado na reunião com Nicolas Sarkozy do passado fim-de-semana.

Conferência de Poznan «presa» ao «meio-gás»

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E Tusk conta com o apoio de Merkl nesta questão: «A Polónia quer afastar o processo de leilão, o que é compreensível, pois ainda tem muito pela frente antes de conseguir substituir as suas centrais energética a carvão.»

«Mas precisamos de falar dos detalhes», acrescentou Merkl apontando claramente para as cedências e exigências que terão de acontecer a 11 e 12. No seu todo, Durão Barroso acredita que as negociações serão bem sucedidas.

«Estou confiante que o essencial da proposta da Comissão permanecerá intacto», afirmou citado pela Reuters o presidente da Comissão Europeia numa conferências de imprensa em Bruxelas.

«Uns países pedem mais outros pedem menos... acho que podemos chegar a um compromisso», disse Barroso frisando que «as metas de 2020 não são negociáveis». A CE quer menos 20% de emissões de gases com efeito de estufa nessa data em relação ao ano base de 1990.

«Se chegarmos a um acordo esta semana devemos propor um mercado de emissões transatlântico que deve ser a base para um mercado global de carbono», disse Durão Barroso.

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