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TAP queixa-se de falta de pilotos para expandir a oferta

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Integração da Portugália na TAP permite um aumento de 20% das horas de voo

A falta de pilotos reduz a cinco por cento a possível expansão na oferta da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) que a integração da companhia aérea Portugália permitiu, disse esta quarta-feira Fernando Pinto, presidente executivo da TAP.

A integração da Portugália na TAP permite um aumento de 20% das horas de voo, mas estas só aumentaram cinco por cento devido à falta de pilotos no mercado, disse Fernando Pinto aos jornalistas em Pequim, à margem da cerimónia de entrada das transportadoras chinesas Air China e Shanghai Airlines na aliança de companhias de aviação Star Alliance, da qual a TAP faz parte, diz a «Lusa».

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«Não estamos a perder, o que acontece é que deixamos de ganhar. Não conseguimos a potencialidade que sabemos que existe desde o início», disse o presidente executivo da transportadora portuguesa.

O volume de passageiros e o número de voos cresceram desde que a Portugália integrou a TAP em Novembro do ano passado, mas o objectivo de aumentar as horas de voo em 20 por cento só deverá ser atingido em Junho de 2008, afirmou Fernando Pinto.

«A companhia não estava preparada para fazer tantos voos adicionais. Na realidade precisamos de mais pilotos com experiência para assumir o comando e isso não nos foi possível obter no mercado», acrescentou.

O responsável negou que os salários que a TAP oferece aos pilotos da Portugália sejam a razão para a falta de profissionais. O tipo de avião, que exige pilotos experientes, é a principal razão, afirmou Fernando Pinto.

«Equilibrar os salários de um piloto que faz voos de longo curso com um avião com 300 passageiros e de outro piloto que faz rotas curtas e leva 50 passageiros mata a Portugália e não é isso que queremos», observou.

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Para resolver a falta de pilotos, a TAP ainda está a contratar pilotos para a Portugália e tem um programa de formação a decorrer na empresa.

A TAP assinou, em 6 de Novembro, um contrato com a Espírito Santo International para a aquisição de 99,81 por cento do capital da Portugália pelo valor de 140 milhões de euros.

Fernando Pinto mostrou-se cauteloso quanto a resultados financeiros, afirmando que a greve de pilotos de Outubro passado, que custou à empresa três milhões de euros, a compra de novos aviões e a integração da Portugália são factores que podem alterar as contas.

O presidente executivo da TAP disse no entanto que «a empresa deverá fechar bem o ano», com um sete milhões de passageiros em 2007, mais 6,3 por cento que em 2006.

A expansão no Brasil é um dos motivos que pode contribuir para o equilíbrio das contas da TAP, segundo o responsável, que considerou como «um sucesso» a recente abertura do voo entre Lisboa e Brasília, a primeira ponte directa da Europa para a capital brasileira.

A TAP é a transportadora aérea internacional mais importante a voar para o Brasil, com 60 voos semanais, que serão 66 em Fevereiro, com a integração em Fevereiro da rota para Belo Horizonte.

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