Quando chega a hora de escolher: que banco optar para ter a principal conta à ordem? Uma escolha difícil que, para muitos portugueses, é baseada na recomendação dos amigos ou aquele que tenha uma sucursal mais perto de casa ou do local de trabalho.
Os dados são do Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa 2010, cujos resultados definitivos foram apresentados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP) em Lisboa.
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No inquérito, 35 por cento dos inquiridos disseram ter escolhido o seu banco por conselho de um familiar ou de um amigo; 23 por cento optaram por um banco com um balcão próximo de casa ou do local de trabalho; 14 por cento foram obrigados a escolher o banco por exigência do empregador; e 12 por cento optaram pelo banco onde têm crédito à habitação ou outros empréstimos.
Menos de dez por cento dos inquiridos disseram escolher o banco que oferecia custos mais baixos ou remunerações mais elevadas, exactamente a mesma percentagem que nem sabe o que é a Euribor.
Da mesma forma, familiares e amigos são uma das principais fontes de conselhos sobre que produtos bancários escolher: 25 por cento dos inquiridos escolheram esta opção.
Conselhos ao balcão influenciam escolhas
No entanto, a principal fonte de informação na aquisição de produtos financeiros são os conselhos recebidos nos balcões dos próprios bancos (resposta eleita por 54 por cento).
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Já o aconselhamento junto de entidades especializadas é mencionado, apenas, por cinco por cento dos inquiridos, quase tanto como aquele que é obtido pela Internet ou televisão.
É por isso que o governador do BdP, Carlos Costa, lançou recados à responsabilidade dos bancos, que não devem induzir o endividamento.
Os números do BdP indicam ainda que 74 por cento dos inquiridos não sabe ou só sabe «de forma aproximada» o valor das comissões de manutenção de conta cobradas pelo seu banco.
Os primeiros resultados do inquérito à literacia financeira foram apresentados pelo BdP em Outubro de 2010.
O inquérito foi feito com base em duas mil entrevistas porta-a-porta realizadas entre Fevereiro e Março de 2010 pela firma de estudos de opinião Eurosondagem. Os resultados têm uma margem de erro de 2,2 por cento para uma probabilidade de 95 por cento.
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