Não será assim de admirar, caso Santos Silva venha a aceitar um convite de Sócrates, que o seu nome seja usado pelo PSD e pelo CDS/PP como prova de alegadas ingerências da banca que terão levado à queda do Governo de coligação.
No entanto, as declarações de Santana Lopes e de Paulo Portas causaram estragos dentro do próprio Governo e dos partidos que o apoiam. A Capital apurou também que a ausência do actual ministro das Finanças, Bagão Félix, do Conselho de Ministros em que Santana Lopes apresentou a demissão, se deveu ao «desconforto» que sente em virtude das acusações lançadas pelo primeiro-ministro e pelo líder do CDS/PP à banca e ao sector financeiro em geral, acusações que sabia irem ser divulgadas após a reunião.
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Bagão Félix, recorde-se, antes de iniciar funções governativas, era um alto quadro do BCP de Jardim Gonçalves e entendeu que «não fazia sentido» o ministro das Finanças estar associado a estas declarações. O outro ausente do Conselho de Ministros foi Álvaro Barreto, ministro dos Assuntos Económicos - e que também se terá sentido incomodado com as acusações de Santana Lopes e de Paulo Portas aos agentes económicos.
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