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Moody's baixa «rating» do BES, BCP, CGD e Montepio

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Em causa deterioração dos activos devido à crise

A agência de notação financeira, Moody's, concluiu a revisão, com implicações negativas, do sistema financeiro português.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP, o BES e o Montepio sofreram um corte na notação da dívida de longo prazo e dos depósitos. A «holding» do BES, Espírito Santo Financial Group (ESFG), também foi alvo de um corte do «rating». Ainda assim, o BPI, o Banif e o Santander viram os seus «ratings» confirmados.

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Ou seja, a Moody's manteve a avaliação da dívida de longo prazo e depósitos do BPI em A1, do Santander em Aa3 e do Banif em Baa1, tendo descido a do BES (de Aa3 para A1), a da Caixa (de Aa1 para Aa2), do BCP (de Aa3 para A1) e do Montepio, de A2 para Baa1.

A agência internacional cortou também a avaliação da solidez financeira dos sete bancos portugueses. Ou seja, baixou a avaliação da «Bank Financial Strength Ratings» (BFSR) das sete instituições financeiras.

CGD com dificuldades acrescidas

A agência de notação financeira diz que o corte no «rating» do banco público reflecte os «baixos níveis de rentabilidade» da Caixa Geral de Depósitos, tal como pressão na capitalização do banco e deterioração dos indicadores de qualidade dos activos. Por isso, os rácios de capital da CGD devem ficar «sob pressão», muito devido ao «cenário pior que o avançado».

Já do lado do BCP, a justificar o corte está «a forte deterioração na qualidade dos activos» da instituição financeira, enquanto o rácio do crédito mal parado subiu de 1,4% para 2,6%.

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No que respeita ao BES, a Moody's frisa a deterioração da qualidade dos activos do banco, com o rácio do crédito malparado a subir de 1,58% para 2,09%, tal como a elevada volatilidade dos resultados do banco, devido ao «relativamente elevado apetite do banco pelo risco».

Além disso, o corte no Espírito Santo Financial Group espelha o corte efectuado ao BES, que representa cerca de 90% da actividade da «holding».

Já o Montepio «suporta uma forte deterioração na qualidade dos activos» e uma elevada exposição aos sectores do imobiliário e da construção, que representam 25% da carteira de crédito.

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