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Depois da crise: dinheiro mais caro e crédito mais difícil

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Ninguém sabe quando vai acabar a crise financeira, mas já chegaram mudanças: dinheiro mais caro, mais regulação, menos crescimento.

As televisões foram rápidas a relacionar o tiro com as manifestações anti-globalização que invadiram Washington, mas estavam erradas. Porém, isso ilustra bem a dimensão que muitos se apressaram a dar a esta crise que surpreendeu o mundo neste Verão.

Na linguagem financeira, classificam-se momentos assim como situações de grande volatilidade. E quem segue os mercados, continua à procura da forma de inverter o resultado, quase certo, destes instantes de volatilidade, perder milhões.

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No Observatório que o «Diário Económico» promoveu em Washington, procurou-se a resposta para esta equação. Houve comentários optimistas suavizados por uma convicção partilhada por todos: o tufão que abanou os mercados financeiros em Agosto já passou, mas deixou marcas na economia mundial, europeia e portuguesa para os próximos tempos.

Nada será igual para as famílias, empresas, bancos e sistema financeiro. Dito de outra forma: haverá menos crescimento económico, o dinheiro será mais caro e os bancos serão bem mais selectivos a conceder crédito aos clientes. A boa notícia? A Europa resistirá melhor à crise do que os Estados Unidos da América.

Esta é a convicção do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.

E há uma segunda boa notícia. Portugal deverá escapar à crise apenas com alguns arranhões. Utilizando as pessimistas previsões do Fundo Monetário Internacional, Vítor Constâncio sublinhou que a diminuição do crescimento será menor em Portugal. Em 2008, nos Estados Unidos será menos 0,9 pontos percentuais, para a Europa menos 0,4 e para Portugal apenas 0,2 pontos, fixando-se a projecção em 1,8%.

Ainda assim, este valor fica aquém dos 2,2% que o Governo avançou no Orçamento do Estado para 2008, mas o governador do Banco de Portugal dá o seu apoio a Teixeira dos Santos. «Com a informação actual disponível - parece não existir recessão nos Estados Unidos , a previsão do Governo está dentro do intervalo».

Da banca, depois dos ventos mais fortes de Agosto, que tiveram origem na crise do crédito hipotecário de alto risco norte-americano, a situação começa a normalizar-se em alguns sectores do mercado financeiro.

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