O Conselho de Governadores do BCE instou as autoridades nacionais a manterem os atuais requisitos de reserva de capital dos bancos e até a aumentá-los em alguns casos, tendo em conta os rendimentos do setor e potenciais choques adversos.
O Banco Central Europeu (BCE) afirmou num comunicado que, desde meados de 2022, o crescimento do crédito e dos preços da habitação abrandou devido a condições mais restritivas e a um ambiente macroeconómico difícil, enquanto a rentabilidade dos bancos subiu para os níveis de 2008.
PUB
No entanto, o BCE espera que os ventos contrários à rentabilidade aumentem e que as vulnerabilidades macroeconómicas persistam, enquanto o risco geopolítico e a incerteza financeira permanecerão elevados, o que poderá criar “novos choques adversos para a economia e o sistema”.
Neste contexto, o BCE considerou que as autoridades nacionais deveriam manter os atuais requisitos de reserva de fundos próprios, a fim de ajudar a preservar a resiliência do setor e garantir a sua disponibilidade em caso de abrandamento.
Expressou também o seu apoio às autoridades que planeiam aumentar os requisitos: “Em alguns países, continua a ser desejável um novo aumento dos requisitos de reservas de fundos próprios libertáveis para fazer face a vulnerabilidades e reforçar o espaço macroprudencial”.
Por último, o BCE solicitou às autoridades nacionais que mantivessem restrições à concessão de empréstimos hipotecários, incluindo limites ao montante que um cliente pode pedir emprestado em relação aos seus clientes, a fim de evitar empréstimos excessivamente arriscados.
PUB