O presidente do BES, Ricardo Salgado, considera que a regulação bancária em Portugal, feita pelo Banco de Portugal, não fica a dever em nada à que se realiza noutros países, nomeadamente nos EUA. Mas admite que, daqui para a frente, as regras vão apertar.
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«A regulação e a supervisão em Portugal não fica nada atrás das experiências que temos tido no exterior. Temos tido alguma experiência da supervisão internacional, por exemplo, nos EUA e essa não é melhor do que a que é feita em Portugal», referiu o responsável na conferência de imprensa do banco para apresentação dos resultados.
Mas Ricardo Salgado reconhece que a supervisão internacional vai ter que evoluir. «Vai apertar muito», disse, especialmente depois do caso da Société Générale, que veio recentemente a público. Recorde-se que um corretor do banco tomou posições em futuros de alguns índices no valor de 50 mil milhões de euros, causando à instituição os piores resultados da história da banca europeia.
«Não é um problema português, mas internacional», disse Ricardo Salgado. Apesar de não querer fazer comentários às investigações em curso sobre o BCP, considera que as acusações de Fernando Ulrich, presidente do BPI, ao Banco de Portugal são «no mínimo curiosas».
«O Banco de Portugal é uma casa de rigor com um excelente quadro técnico mas é claro que os banqueiros tem de se comportar como deve ser e não podem estar a ocultar informações», concluiu Ricardo Salgado.
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