Os critérios de aprovação de empréstimos a particulares para aquisição de habitação ficaram mais apertados, durante o primeiro trimestre de 2009, segundo um inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito, relativo ao mês de Abril, realizado pelo Banco de Portugal (BdP).
Dois bancos adoptaram mesmo critérios «consideravelmente mais exigentes», esclarece o BdP.
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«O aperto verificado nos critérios de aprovação do crédito à habitação terá continuado a reflectir essencialmente a deterioração das expectativas quanto à actividade económica em geral e das perspectivas para o mercado de habitação», pode ler-se no estudo enviado às redacções.
«A maior exigência nas condições de concessão de crédito ter-se-á traduzido em spreads de taxa de juro mais elevados, nos empréstimos de risco médio e, principalmente, nos de maior risco, numa redução do rácio entre o valor do empréstimo e o valor da garantia, e numa maior exigência em termos de garantias».
Segundo o Banco de Portugal, o «custo de financiamento e restrições de balanço continuaram a contribuir também para uma maior restritividade dos critérios» e «neste contexto, um dos bancos participantes indicou a escassez de liquidez nos mercados como factor indutor de maior restritividade nas condições de aprovação de empréstimos desta natureza».
Para o segundo trimestre deste ano, três bancos antecipam que irão adoptar critérios mais restritivos, um dos quais de forma considerável, e todos os inquiridos perspectivam uma diminuição da procura de empréstimos. Um dos bancos disse mesmo esperar uma «diminuição considerável».
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