O índice de conjuntura divulgado esta sexta-feira pelo Banco de Portugal revela que a actividade económica, em Janeiro, desceu de novo, pelo oitavo mês consecutivo.
Há 14 meses que não se atingia um valor tão baixo (em Novembro de 2009, o indicador recuou para 0,2%), altura em que o país estava em recessão.
PUB
Em Dezembro do ano passado, o indicador chegou aos 0,2%, o que indica que Janeiro foi um mau pontapé de saída para a economia nacional, e aponta para as declarações do governador do Banco de Portugal, que acredita que o país está já em recessão económica.
Ideia semelhante foi defendida esta sexta-feira por Alexandre Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins: «Não vale a pena mentir. Estamos em recessão».
Segundo o documento do Banco de Portugal, também o consumo privado apresentou uma variação nula, caíndo pelo nono mês consecutivo, e chegando a valores próximos de Setembro de 2009.
De acordo com o banco central, nos últimos mês registou-se também uma diminuição do crédito concedido pela banca para compra da habitação e para o consumo.
De acordo com os resultados do inquérito aos bancos, os critérios de concessão de empréstimos às famílias voltaram a tornar-se mais restritivos nos últimos meses do ano, e para o primeiro trimestre de 2011, as instituições bancárias perspectivam a adopção de critérios mais restritivos, sobretudo nos empréstimos de longo prazo às empresas.
O Banco de Portugal sublinha ainda que a procura do crédito diminuiu ligeiramente, sobretudo no crédito à habitação. Os critérios mais restritivos passam pela adopção de spreads mais elevados, mas também no aumento da exigência de outras condições contratuais.
PUB