«Se se pudesse resolver todas as eleições [europeias, autárquicas e legislativas] num dia se calhar não pior. Os períodos eleitorais são sempre perigosos; promete-se sempre muito e já se sabe que não ser cumprido (...) e vêm perturbar a vida de muitas pessoas», disse esta sexta-feira Belmiro de Azevedo, à margem da cerimónia em que foi agraciado com o grau de doutor honoris causa pela Universidade do Porto.
Para o empresário os períodos eleitorais deviam ser «mais rápidos» para que também se poupe dinheiro ao país.
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«Em Inglaterra muda-se de Governo em 15 dias. E, de facto, nós não temos dinheiro para custear processos eleitorais muito prolongados».
Questionado sobre a retoma do país, face à crise que se vive, Belmiro de Azevedo afirmou que «não há nenhuma actividade que se possa dizer que está em retoma». Por isso, garante, as afirmações do ministro das Finanças nesse sentido são apenas «politicamente correctas»; «não assina nenhum cheque para que as coisas aconteçam», acusou ainda o «patrão» da Sonae.
Reconhecendo que o Governo não pode «lamuriar-se», a verdade é que «não se pode é cair na ilusão de prometer coisas que não podem ser de facto cumpridas». É que se os empresários «têm a obrigação de dizer com clareza o que pensam, os políticos têm de arredondar as afirmações».
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