Os investidores que sofreram perdas com o colapso da Madoff Investment têm até 4 de Março para reclamar, alertaram esta segunda-feira os reguladores do mercado, que dão indicações, também para quem suspeite ter sofrido perdas indirectas, sobre o que fazer.
Os créditos têm de ser reclamados à entidade liquidatária do fundo pelos investidores ou pelos intermediários financeiros que actuam em representação de investidores, recorda o Comité das Autoridades de Regulamentação dos Mercados Europeus de Valores Mobiliários (CESR), num comunicado divulgado pela CMVM.
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No caso português, ascendem a 76 milhões de euros os investimentos expostos às sociedades gestoras de fundos de investimento e de carteiras individuais portuguesas a produtos da Madoff Investment, segundo os dados recolhidos pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em Dezembro, quando se conheceu a fraude do gestor norte-americano.
O CESR aconselha os intermediários financeiros a contactarem os seus clientes e publica indicações sobre os passos que devem dar os investidores clientes directos, os investidores afectados indirectamente e até aqueles «pequenos investidores que suspeitem ter sofrido perdas indirectamente».
As perdas de investimento podem derivar de várias situações, sublinha o CESR, como por exemplo investimento em fundos cujos depositários tenham um acordo de sub-custódia com a Bernard Madoff Investment Securities LLC e investimento em fundos subordinados [ou seja fundos compostos por pequenas parcelas de outros produtos financeiros deste tipo ou com aplicações em outros fundos] que tenham investido no Bernard L. Madoff Investment.
Toda essa informação sobre os passos a dar, a documentação, desde o formulário de queixas a instruções sobre preenchimento, recomendações e contactos para tentar recuperar os investimentos podem ser obtidos a partir do site da CCMVM.
Da lista de contactos faz parte, em Portugal, o gabinete do investidor e mediação da CMVM, dirigido por António Gageiro.
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