O ministro, que falava aos jornalistas, em Brasília, sublinhou que este grande operador poderá ter accionistas brasileiros ou estrangeiros e acrescentou que será equacionada a proposta da Portugal Telecom (PT).
A PT «veio aqui dizer que via com bons olhos a criação da empresa nacional e que eles gostariam de participar», afirmou o ministro Hélio Costa, na quarta-feira, citado pela Agência Estado.
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Recorde-se que o presidente da PT, Henrique Granadeiro, esteve no Brasil no final de Maio, onde se encontrou com o ministro Hélio Costa e com o presidente da entidade reguladora do sector das Comunicações do Brasil (Anatel).
Hélio Costa sublinhou que o objectivo é criar uma empresa com maioria de capital brasileiro, «mas não uma empresa pública brasileira», como a antiga Telebrás.
Explicando que a criação formal do grupo de trabalho ainda está dependente da aprovação do Presidente, Lula da Silva, o ministro das Comunicações também revelou aos jornalistas que o seu ministério já entregou ao chefe de Estado um relatório sobre a fusão da Oi (ex-Telemar) e da Brasil Telecom.
O grupo de trabalho, que será composto por juristas e especialistas do governo e da Anatel, entre outros, deverá analisar a viabilidade de criação da futura empresa, mas também os moldes em que nela venham a ser assegurados os direitos especiais do Estado.
«Seria uma «golden share» ou um instrumento qualquer que estabeleça que aquela empresa não pode ser vendida sem passar primeiro pelo crivo do governo», disse Hélio Costa.
A ideia é evitar que a companhia, que deterá a maior parte dos clientes da telefonia fixa do Brasil, venha a ser comprada por um grupo estrangeiro, criando uma concentração no mercado brasileiro de telecomunicações, esclareceu o governante.
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