O panorama dos media em Portugal, os recentes despedimentos na Controlinvest, o 5º canal em sinal aberto e a publicidade em saldo nas televisões foram alguns dos temas em cima da mesa numa conversa com Francisco Rui Cádima, professor de Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa.
PUB
A Internet e o jornalismo online também não foram esquecidos: para este especialista, a interactividade entre os leitores e os sites de informação evoluiu pouco nos últimos dez anos, mas esse é um problema tipicamente português, acomodado à pouca participação cívica.
Na imprensa portuguesa que luta com dificuldades financeiras, tendo levado ao despedimento de mais de 60 jornalistas do grupo que detém o «Diário de Notícias», «JN» e «24horas», Rui Cádima só vem uma solução. Copiar a organização do «El País», que juntou recentemente a redacção do jornal online com a do papel. O único caminhno a seguir quando se pensa no futuro dos jornais em papel, diz este professor universitário, cuja especialidade em televisão o leva a olhar de perto para o panorama dos canais generalistas, a que brevemente outro se irá juntar.
O cenário é negro: além do erro da década de 90, quando dois canais foram lançados ao mesmo tempo - um erro «do qual o mercado ainda não recuperou» - o lançamento de um 5.º canal o futuro é ainda pior.
PUB
A imprensa e a rádio também irão sofrer as consequências de mais um canal televisivo, que irá fazer baixar o preço da publicidade nos media.
Para Cádima, que observou de perto os requisitos exigidos pela Entidade Reguladora da Comunicação, a Zon corre o sério risco de ser eliminado do concurso. É que, segundo este especialista, as exigências são demasiadas, o que torno o projecto muito caro e nunca compatível com um produto low-cost.
A Televisão Digital Terrestre também foi alvo das críticas do professor, que considera um desperdício de dinheiro e que o sistema ficará rapidamente desactualizado, o que leva a pensar que a aplicação da TDT «é um farta vilanagem».
Não perca nada desta entrevista aqui
PUB