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Ministro defende TGV com Ota

Carmona insiste na ligação do transporte aéreo com rede ferroviária. Contra estudos divulgados

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação defendeu hoje a ligação do transporte aéreo com a rede ferroviária e reafirmou que a rede de alta velocidade contemplará o novo aeroporto da Ota.

Carmona Rodrigues falava aos jornalistas à margem de um seminário sobre o futuro do transporte aéreo organizado pela Ordem dos Engenheiros.

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Para o ministro é «estranho» que nenhum aeroporto tenha ligação com a rede ferroviária ou de metropolitano e por isso o Governo está a trabalhar para que se concretize essa possibilidade.

Carmona Rodrigues reiterou que o sistema ferroviário de alta velocidade Lisboa-Madrid contemplará o novo aeroporto na Ota, assim como a ligação Porto-Vigo terá ligação ao aeroporto Sá Carneiro.

Na semana passada, de acordo com o jornal Público, estudos técnicos elaborados a pedido do Governo a anteverem os projectos para o TGV, apontava-se para um possível abandono do aeroporto da Ota "libertando" a linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto para um traçado que a sul do Tejo. Dificuldades em inserir as novas estações junto às estações e a articulação da alta velocidade com as linhas convencionais são o principal obstáculo da Rave - Rede de Alta Velocidade, escrevia-se.

Em Lisboa, o Governo já deu luz verde para o alargamento da linha vermelha do Metro até ao aeroporto da Portela. Já no próximo ano, o aeroporto Sá Carneiro terá ligação ao Metro do Porto, revelou o ministro. No sul do país, o Governo está a estudar a melhor forma de ligar a linha ferroviária do Algarve ao aeroporto de Faro.

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Associações ambientalistas contra aeroporto

As associações ambientalistas Quercus e Alambi reafirmaram hoje a sua oposição à construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota, justificando que será de difícil execução dadas as características do solo favoráveis a inundações.

Para a Quercus e Alambi (de Alenquer), os resultados da definição do âmbito do Estudo de Impacte Ambiental «são bastante claros quanto às dificuldades encontradas para solucionar as questões ligadas às escorrências de água e possibilidades de inundação da pista Este e da Aerogare com todas as suas estruturas relacionadas».

As duas associações adiantam, em comunicado, que «as faraónicas soluções de drenagem, de desvio das ribeiras da Ota e Alvarinho (com o recurso a uma barragem) e até o eventual terraplanar de um monte para garantir a funcionalidade da estrutura mesmo com elevadas deficiências de funcionamento (é afirmado que a pista com maior qualidade de utilização é também a que mais incorre em risco de inundação), demonstram cabalmente que esta obra é completamente desajustada à localização pretendida».

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Além disso, lembram os ambientalistas, «a construção de um açude cria condições ecológicas favoráveis à proliferação de aves junto à pista Oeste».

Os ambientalistas afirmam ainda que além das dificuldades de construção devido à tipologia do solo e à zona húmida ali existente, «também as dificuldades de aproximação às pistas exigem a realização de um estudo de navegabilidade aérea que nunca chegou a ser realizado».

Relativamente às acessibilidades, as associações referem que dos pontos fortes que sustentavam o empreendimento, como a ligação preferencial a Madrid e a Lisboa/Porto via TGV ou a facilidade de acesso quer pela A1 quer pela A10 (Arruda/Carregado/Benavente), «apenas a ligação pela auto-estrada A1 se mantém pelo que todos os argumentos que sustentavam a construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota se esvaziaram».

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