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Catalina Pestana responde por crime de difamação

1ª Mão: Provedora da Casa Pia de Lisboa acusada num processo movido pelo ex-provedor adjunto da instituição, Manuel Abrantes. O debate instrutório está marcado para a próxima segunda-feira

A provedora da Casa Pia de Lisboa, Catalina Pestana, estará no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) na próxima segunda-feira, para a realização do debate instrutório do processo que lhe foi movido por Manuel Abrantes. Segundo informações recolhidas pelo PortugalDiário, o ex-provedor adjunto acusa a actual dirigente da instituição do crime de difamação e baseia-se em declarações que a responsável da Casa Pia fez no Ministério Público (MP), durante a investigação do mega-processo de pedofilia.

Durante o primeiro depoimento frente aos procuradores gerais responsáveis pelo processo, em Fevereiro de 2003, Catalina Pestana referiu a ocorrência de uma reunião na Casa Pia de Lisboa, a 24 de Novembro de 2002 (domingo), entre as chefias da instituição. Recorde-se que a notícia sobre os abusos sexuais por parte de Carlos Silvino foi lançada a 22 de Novembro de 2002, sexta-feira, pelo canal de televisão SIC e publicada no dia seguinte pelo semanário Expresso.

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No encontro terão estado presentes o provedor da instituição e os seus adjuntos à época, os directores dos colégios e os dirigentes de todas as instituições de alunos e antigos alunos. De acordo com informações recolhidas pelo <> , a actual provedora revelou no seu depoimento que nessa reunião foi apresentado um comunicado de imprensa, para aprovação de todos, com sugestões de medidas a tomar e, entre as quais, destacou duas aos procuradores: «a suspensão imediata do funcionário mestre Américo», que durante anos denunciou a prática de abusos dentro da instituição, e a atribuição da notícia publicada a «uma manobra dos partidos políticos contra o PS».

Nas suas declarações Catalina Pestana nunca referiu qualquer nome, ou seja, não indicou ninguém como autor do comunicado. O documento já referido acabou por «desaparecer» e apenas existe o comunicado oficial, que foi aprovado nessa reunião. A provedora terá mesmo considerado que o comunicado inicial era mais uma tentativa para «abafar» o caso. Manuel Abrantes não gostou do que leu quando teve acesso ao processo e apresentou queixa contra a provedora.

Após a realização do debate instrutório, a magistrada responsável pelo processo terá de decidir se o caso segue para julgamento. <>

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