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Chuvas fortes forçam a retirada de 195.000 pessoas no leste da China

Como resposta de emergência às tempestades e às inundações, as autoridades de oito cidades de Anhui, incluindo cinco ao longo do Yangtsé, destacaram um total de 26.000 pessoas para monitorizar barragens e diques

As chuvas fortes que atingiram a província de Anhui, leste da China, forçaram a retirada de cerca de 195.000 pessoas e afetaram 811.000 habitantes, depois das águas do rio Yangtsé terem ultrapassado níveis de alerta.

As chuvas torrenciais também elevaram as águas acima dos níveis de alerta em 19 outros rios da província, que abriga cerca de 61 milhões de pessoas, indicou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

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Nas 24 horas que decorreram até às 17:00 de domingo (10:00 de domingo em Lisboa), as chuvas torrenciais afetaram grande parte da província, com 258 estações a registarem precipitações superiores a 100 milímetros, sendo a mais elevada de 255 milímetros.

Como resposta de emergência às tempestades e às inundações, as autoridades de oito cidades de Anhui, incluindo cinco ao longo do Yangtsé, destacaram um total de 26.000 pessoas para monitorizar barragens e diques.

O Yangtsé, o mais longo rio da China e o terceiro mais longo do mundo, está a sofrer a "primeira grande cheia" deste ano, disse o Ministério dos Recursos Hídricos chinês.

No sábado, o Observatório Meteorológico Central da China alertou para a ocorrência de chuvas fortes e apelou para a suspensão de reuniões, aulas e atividades comerciais nas regiões afetadas.

O Observatório deu também instruções aos departamentos de resposta a emergências para se prepararem para possíveis catástrofes, tais como torrentes em montanhas, aluimentos de terras ou inundações de lama.

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Em junho, pelo menos 38 pessoas morreram devido a fortes chuvas nas províncias de Cantão e Fujian, no sudeste do país.

Com a influência de fenómenos como o El Niño, preveem-se inundações e secas entre junho e agosto deste ano, com os principais rios da China a registarem diferentes graus de inundação durante este período, informou recentemente o Ministério dos Recursos Hídricos.

Nos últimos verões, as catástrofes meteorológicas causaram estragos no país asiático: os meses de verão de 2023 foram marcados por inundações em Pequim que causaram a morte de mais de 30 pessoas, enquanto em 2022, várias ondas de calor extremas e secas atingiram o centro e o leste da China.

Em julho de 2021, chuvas de uma intensidade que não se via há décadas fizeram quase 400 mortos na província central de Henan, o que o Governo chinês atribuiu a uma "falta de preparação e de perceção dos riscos" por parte das autoridades locais.

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