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Myanmar volta a recusar ajuda internacional

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Junta Militar «recambiou» avião do Qatar com ajuda humanitária. Porque país «não está pronto para aceitar equipas de socorro»

A Junta Militar birmanesa recambiou na manhã de sexta-feira um avião do Qatar com ajuda humanitária para minorar os efeitos da devastação do ciclone Nargis e onde vinha trabalhadores humanitários e jornalistas, escreve a Lusa.

Depois de ter solicitado ajuda internacional, após o ciclone que terá causado, no último fim-de-semana, mais de 100.000 mortes e milhões de desalojados, varrendo localidades inteiras do mapa, a Junta Militar voltou atrás e fechou as entradas do país.

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O Ministério birmanês dos Negócios Estrangeiros declarou esta manhã que o país «não está pronto para aceitar equipas de socorro».

Nações Unidas estão chocadas

As Nações Unidas consideraram «sem precedentes» a recusa da Junta Militar da Birmânia em conceder vistos de entrada a peritos de salvamento na história dos trabalhos humanitários.

Um porta-voz do Programa Alimentar Mundial afirmou que a organização apresentou dez pedidos de visto em todo o mundo, entre os quais seis em Banguecoque, Tailândia. No entanto, não espera que qualquer visto seja emitido hoje, devido a ser feriado tailandês.

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O porta-voz, Paul Risley, disse na sexta-feira que «a frustração causada por aquilo que aparenta ser um atraso burocrático não tem precedentes nos esforços modernos de salvamento».

A Junta Militar que há 46 domina a Birmânia solicitou ajuda mundial para fazer face à devastação causada no fim-de-semana pelo ciclone Nargis. No entanto, não aceita que essa ajuda - em dinheiro ou em material - venha acompanhada de peritos em salvamento ou jornalistas.

Contra o referendo

O partido de Aung San Suu Kyi, a oposicionista prémio Nobel da Paz sequestrada no domicílio pela junta militar birmanesa, insistiu para que seja adiado o referendo previsto para sábado, devido à devastação do ciclone Nargis.

«Com esta situação, não é o momento apropriado para realizar um referendo constitucional», declarou a AFP Nyan Win, porta-voz da Liga Nacional para a Democracia (NLD), de Aung San Suu Kyi.

A junta birmanesa adiou o escrutínio para 24 de Maio em 47 circunscrições mais afectadas pelo ciclone que, segundo as estimativas, poderá ter causado mais de 100.000 mortos e milhões de desalojados, gerando a necessidade de uma ajuda internacional que só hoje foi relutantemente autorizada a entrar no país.

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