O investigador de Física Nuno Peres recebeu, esta terça-feira, um prémio científico da Universidade do Minho (UM) pelo contributo para o estudo do grafeno, um material descoberto em 2005 por um cientista inglês.
O universitário, num estudo publicado pela revista «Science» - onde, em regra, são divulgadas as principais descobertas científicas em todo o mundo - refere que «o potencial de utilização do grafeno na próxima geração de nanomateriais e nanotecnologias vai ser gigantesco».
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Nuno Peres trabalha no Departamento de Física da Universidade do Minho, em cooperação com o Professor Tobias Stauber, um pós-doutorado na área que também trabalha em Braga.
O grafeno, descoberto pela equipa de André Geim, da Universidade de Manchester, Inglaterra, é obtido a partir da grafite. Ou seja, de um simples pedaço de carvão, de onde é extraído em formato atómico de carbono, de dimensão micro, ou nano em termos científicos.
O estudo deste material - em que a UM é pioneira em parceria com a Universidade de Manchester - «está na fronteira do conhecimento em nanotecnologias».
O grafeno, assinala o investigador, tem propriedades de «transportador eléctrico», o que abre vastas possibilidades em aplicações nano-eléctricas (com a espessura de um átomo), ou seja, semi-condutores de nova geração, que transportam luz de forma muito mais rápida.
Tem, também, uma condutividade térmica muito alta, o que permite resolver problemas de aquecimento em todo o tipo de equipamentos, como é o caso, para dar apenas um exemplo, de um simples computador.
A Universidade do Minho comemorou, esta terça-feira, 35 anos de existência, com uma cerimónia solene que contou com a presença do Presidente da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, António José Seguro, do Reitor, António Guimarães Rodrigues, e do Presidente da Associação Académica, Pedro Soares.
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