Manoel de Oliveira afirmou esta manhã que o recém-eleito presidente norte-americano Barack Obama «deu um grande exemplo de democracia, por não se guerrearem entre eles e se juntarem para salvar o país», escreve a Lusa.
«É um exemplo extraordinário: pela primeira vez dentro da democracia os partidos não se guerreiam, mas juntam-se para salvar os Estados Unidos da América», referiu o centenário realizador português.
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O realizador proferiu as declarações depois de se ter encontrado na Assembleia da República, em Lisboa, com o presidente do hemiciclo, Jaime Gama, a quem ofereceu um livro autografado.
Quando questionado sobre a possibilidade da Assembleia da República constituir cenário para um dos seus filmes, Manoel de Oliveira afirma que «há filmes que já têm falado da luta, ideias e políticas» e que «não há outros responsáveis pelo futuro das nações que não sejam os políticos».
«Tenho amigos na política e fora dela. Mas pertenço ao lado artístico e não tenho um sentimento político», reforçou o realizador.
Manoel de Oliveira deslocou-se à Assembleia da República, aproveitando a oportunidade para agradecer o voto de congratulação pelo seu centésimo aniversário, celebrado a 11 de Dezembro último.
Nesse dia, o voto foi aprovado por unanimidade, enaltecendo «a obra e o olhar pessoal, literário e atento» do realizador português e manifestando «regozijo» pelo «reconhecimento nacional» da longa carreira de Manoel de Oliveira.
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