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Manoel de Oliveira apresenta livro no Porto

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«100 anos. 100 livros» é a primeira obra literária do realizador

O realizador Manoel de Oliveira vai lançar domingo, no Porto, o seu primeiro livro, disse à agência Lusa fonte da Livraria Lello, onde será publicamente apresentada esta publicação.

Intitulada «100 anos. 100 livros», esta primeira obra não cinematográfica do mais antigo cineasta do mundo em actividade será uma edição comercial inédita e exclusiva, limitada a 100 exemplares, devidamente numerados e assinados pelo realizador.

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Serão ainda editados mais 15 exemplares, numerados de I a XV, fora do mercado, também assinados por Manoel de Oliveira.

A concepção e organização do livro é da responsabilidade do artista plástico Manuel Casimiro, filho de Manoel de Oliveira, que seleccionou as ilustrações que acompanham o conjunto de textos que compõem esta obra.

Reflexões sobre cinema, política e religião

A Lusa teve acesso a provas das 30 primeiras páginas de texto (não de ilustração) das «pouco mais de 60» que compõem esta obra, que reúne escritos elaborados entre 1991 e 2008, em prosa e poesia.

Estes textos abordam temáticas muito diversas entre as quais não podia deixar de estar o cinema, nos seus vários aspectos, desde reflexões sobre alguns dos seus filmes até à crítica impiedosa ao sistema da grande indústria cinematográfica, dominado por Hollywood.

Há ainda reflexões sobre o poder (incluindo reflexões sobre figuras determinantes dos absolutismo no século XX, como Hitler, Staline e Mao), o sebastianismo e o messianismo, a espiritualidade, a política, cultura e Arte e ainda à cidade do Porto e as suas pontes.

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As reflexões de Manoel de Oliveira sobre religião e em particular sobre Jesus Cristo, mas também sobre Maomé e Buda ocupam também parte importante destas primeiras 30 páginas escritas da obra a que a Lusa teve acesso.

Entreabrindo o véu sobre estas reflexões do cineasta, aqui fica a frase com que fecha as suas reflexões sobre cinema: «E falando de mim, que não é coisa que eu goste, nunca quis ser melhor que o outro, sempre só quis ser igual a mim próprio, sem pretensão de ser modelo ou mestre. E é justamente isto o que me leva a não apreciar por demais os prémios de competição».

Obra disponível em duas versões

O livro será disponibilizado ao público em duas apresentações, a primeira das quais inclui a obra isolada num estojo de madeira criado propositadamente para o efeito.

Numa segunda versão, a obra será complementada por uma caneta de prata maciça, desenhada e concebida em exclusivo para esta ocasião por Manuel Casimiro, acompanhada por um certificado de exclusividade.

A apresentação da obra, que contará com a presença de Manoel de Oliveira, terá lugar domingo, às 11h00, na emblemática Livraria Lello, no Porto.

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