Os 22 países que em Outubro vão reunir-se no México no I Congresso da Cultura Iberoamericana prestarão homenagem ao cinema e a dois dos seus maiores vultos, o espanhol Luis Buñuel e o português Manoel de Oliveira, escreve a Lusa.
Oliveira, que em Dezembro completa 100 anos, já confirmou a sua presença no Congresso. Buñuel faleceu em 1983 no México.
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O Congresso, que decorrerá entre 1 e 5 de Outubro, será inaugurado pelos Príncipes das Astúrias e pelo presidente mexicano, Felipe Calderón.
O México é o primeiro anfitrião deste evento, que terá as suas próximas edições, em 2009, no Brasil e em 2010 na Colômbia.
Este ano dedicado ao cinema e às artes visuais, o congresso reunirá mais de 250 convidados especiais, entre realizadores, actores, produtores, distribuidores e críticos de cinema.
Segundo o ministro da Cultura espanhol, César Antonio Molina, o evento, realizado por iniciativa de Espanha, com o apoio do México, permitirá reforçar a imagem da região no mundo e situar a Iberoamérica na «vanguarda» deste tipo de reuniões, que não puderam concretizar-se noutros âmbitos, como o europeu.
Por seu lado, o ministro da Cultura mexicano, Sergio Vela, assinalou que serão debatidos no encontro os principais problemas do sector, como os que se prendem com as redes de distribuição, os obstáculos encontrados nos mercados internacionais, a necessidade de dar fundos e estímulos à produção, a busca de novos mecanismos de financiamento e a diversificação temática, para atrair novos públicos, entre outros.
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A escolha do cinema como tema deste I Congresso ficou a dever-se, indicou Vela, ao facto de esta disciplina se situar «entre a lógica criativa e a industrial» e ter evoluído nos últimos anos como «factor de identidade e integridade social e ainda como impulsionadora da economia e do diálogo intercultural».
Além da homenagem a Manoel de Oliveira, que incluirá uma retrospectiva da obra do veterano realizador português, o Congresso dedicará uma atenção especial ao cineasta espanhol Luis Buñuel, falecido no México há 25 anos.
O realizador aragonês, naturalizado mexicano, será recordado com uma exposição sobre a sua vida e obra e a projecção dos seus filmes, além do documentário que sobre ele dirigiu o cineasta francês Jean-Claude Carriere.
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