O cineasta Manoel de Oliveira afirmou esta quinta-feira no Porto que «é sempre bom receber prémios», mas que o que o move é «fazer cinema» e que nunca lhe faltam ideias para novos filmes.
O realizador falava aos jornalistas na Biblioteca do Museu de Serralves, onde decorreu a cerimónia em que recebeu o Prémio Mundial do Humanismo, atribuído pela Academia do Humanismo da Macedónia.
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«O que me falta fazer na vida é o resto dos meus filmes, que são bastantes», disse o cineasta, respondendo a uma pergunta de um jornalista.
O realizador disse não ter bem presentes quais as homenagens planeadas para este ano, que não são poucas.
«Sei que tenho em breve uma em Espanha, com a pianista Maria João Pires e outra, mais tarde, em Itália», referiu.
Quanto ao prémio, Manoel de Oliveira considerou que «é sempre muito simpático receber prémios», mas lembrou, citando o pintor António Cruz, que «já ia dando jeito era algum dinheiro», porque «fazer filmes fica muito caro».
O realizador recebeu o prémio das mãos de Jordan Plevnes, presidente da Academia do Humanismo da Macedónia e embaixador daquela república em Paris.
A Academia do Humanismo da Macedónia, que em 2007 distinguiu o filósofo budista japonês Daisaku Ikeda com este mesmo prémio, homenageia personalidades que tenham contribuído para a defesa dos ideais de humanismo e da paz.
Manoel de Oliveira, que este ano faz cem anos e é o mais velho realizador em actividade, é professor honorário da Academia de Cinema de Skopje, capital da Macedónia.
O Museu de Serralves vai associar-se aos cem anos que Oliveira celebra em Dezembro inaugurando a 11 de Julho uma exposição evocativa da sua obra.
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