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António Preto orienta seminário sobre Manoel de Oliveira

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Evento decorre entre 7 e 10 de Outubro

A Fundação de Serralves realiza, de 7 a 10 de Outubro, a um seminário sobre a vida e obra do cineasta Manoel de Oliveira orientado por António Preto, anunciou esta terça-feira, no Porto, fonte da instituição.

O seminário «Manoel de Oliveira: o Moderno Paradoxal» propõe uma revisão crítica do cinema de Manoel de Oliveira, procurando analisar os mais importantes elementos formais, conceptuais e temáticos que estruturam a sua obra, afirma o orientador do seminário, António Preto.

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Pretende, ainda «fazer emergir, por um lado, algumas das configurações mais características da estética do autor e evidenciando, por outro, o modo como a sua produção cinematográfica dialoga com o contexto histórico em que intervém».

António Preto é mestre em Teorias da Arte pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, com uma dissertação sobre «A Poesia Experimental Portuguesa: 1960-1980».

Actualmente desenvolve uma investigação sobre os processos de transposição cinematográfica na obra de Manoel de Oliveira, no âmbito de um doutoramento em História e Semiologia do Texto e da Imagem, na Université Paris Diderot/Paris 7, como bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

O especialista sustenta que Manoel de Oliveira, que vai fazer ainda este ano 100 anos, «tem a idade do cinema, podendo o seu percurso, na sua singularidade, ser visto como uma síntese da história do cinema».

«Com quase cinquenta filmes em pouco menos de oitenta anos de trabalho, Manoel de Oliveira acompanhou activamente as principais mutações técnicas e estéticas da criação cinematográfica (a passagem do mudo ao sonoro, do preto e branco à cor ou do registo fotográfico ao vídeo)», considera António Preto.

O especialista considera que, de Douro, Faina Fluvial (1931), primeiro filme do autor, a Cristóvão Colombo - O Enigma (2007), sua mais recente realização, «a obra de Manoel de Oliveira concilia alguns dos principais antagonismos que marcaram as querelas cinematográficas ao longo de todo o século XX».

O académico considera que a obra de Manoel de Oliveira faz confluir duas concepções de vanguarda que nela se confrontam.

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