Chega finalmente às salas de cinema portuguesas um dos filmes mais aguardados do ano. «Lincoln», realizado por Steven Spielberg, relata a fase final da vida do Presidente dos Estados Unidos e surge como um dos grandes favoritos aos Óscares, com doze nomeações.
Da película emerge um papel enorme de Daniel Day-Lewis, na pele do Presidente - também Tommy Lee Jones sobressai como Thaddeus Stevens, congressista radical da Pennsylvania. Ele é exatamente o que todos imaginamos como seria Lincoln: alto, magro, envelhecido, com uma barba peculiar, mas também de voz bem colocada, pose conciliadora, sabedoria e muita destreza para os jogos políticos entre a Casa Branca e a Casa dos Representantes.
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Na obra de Spielberg, Lincoln surge como o grande emancipador, preservador da União e o Presidente que salvou os americanos dos pecados causados pela escravatura e pela guerra civil. Um líder que soube acabar com o conflito fratricida e forçar a criação da 13ª emenda na Constituição, com o apoio de alguns democratas, pois era necessário dois terços dos votos e os republicanos apenas tinham uma maioria. Viria a alcançar o resultado desejado por uma margem muito curta.
O mais interessante do filme é o pendor histórico e as discussões políticas, não só nos bastidores, mas também na Casa dos Representantes. As imagens de guerra chegam a ser brutais. Os discursos são menos explorados do que seria desejável, mas têm o seu lugar de destaque, sendo mesmo citados por várias pessoas.
O tvi24.pt pediu a três blogueres, que costumam colabarar com o site e que escrevem sobre política americana, para fazerem uma análise ao filme. A oportunidade de comparação com Barack Obama era inevitável numa altura em que o 44º Presidente dos Estados Unidos acabou de tomar posse para o seu segundo mandato.
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Obama, como Lincoln, é um advogado alto e magro que serviu na legislatura do Illinois e acabou na Casa Branca graças aos dotes inspiradores de oratória. Barack, aliás, vê-se muitas vezes como o herdeiro natural do 16º Presidente e não se cansou de estabelecer paralelos. Arrancou a sua campanha eleitoral para a presidência em 2007 na terra-natal de Lincoln, Springfield, também no Illinois, no fim-de-semana de aniversário de Abraham.
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