Os preços dos alimentos vão continuar instáveis nos próximos dez anos e a tendência é mesmo de escalada, depois dos recordes que muitos bens alimentares atingiram no ano passado. O diagnóstico é do estudo «Global Risks 2008», que o World Economic Forum lançou esta quarta-feira, que alerta ainda para o facto das reservas alimentares globais estarem em baixa há 25 anos, tornando o fornecimento alimentar mundial vulnerável a uma crise internacional.
O estudo «Global Risks 2008» refere que os geradores da insegurança alimentar global, como o crescimento da população, o uso de produtos agrícolas para a produção de biocombustíveis ou as alterações climáticas, vão «provavelmente intensificar-se durante a próxima década», o que gerará «um conjunto de complexos desafios para o equilíbrio global».
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Fornecedores externos podem falhar
Quanto à expansão do comércio internacional, que tem reduzido barreiras comerciais e conhecido «melhorias» na tecnologia e na logística globais, gera também novas dificuldades: a «hiperoptimização das cadeias de fornecimento pode também conduzir a um aumento da vulnerabilidade face a perturbações e concentrações de risco».
De acordo com o «Global Risks 2008», todas as empresas e governos que dependem de fornecedores externos enfrentam interrupções na sua cadeia de fornecimento.
«Construir uma nova cultura nesta área, bem como desenvolver uma abordagem internacional para a gestão de riscos relacionadoscom a cadeia de fornecimento, nos sectores privado e público, são factores-chave para dar os primeiros passos para uma extensa mitigação desses riscos», vaticina o estudo divulgado pelo World Economic Fórum.
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