A troca de acusações entre o deputado do CDS-PP e o governador do Banco de Portugal prometia subir de tom. E cumpriu. Depois de Vítor Constâncio ter considerado que Nuno Melo trazia esta segunda-feira à comissão parlamentar de inquérito uma «verborreia sem sentido» disse mesmo que o deputado demonstrava «ignorância» nas suas afirmações.
«Andou por aí a dizer em campanha eleitoral que foram os 2,5 milhões de euros» quanto custou a nacionalização do BPN. «É ignorância», frisou Constâncio.
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Na resposta Nuno Melo garantiu, apesar do «insulto» sofrido, não desceria «a esse nível».
Vítor Constâncio, na réplica, explicou ao deputado que «ignorância não é insulto; é antes a obrigação de saber destas matérias».
Esta troca mais azeda de palavras partiu do preço da nacionalização do BPN, que o governador garantiu à comissão será inferior a mil milhões de euros.
Mas os dois intervenientes deste diálogo, que ocupa já mais de duas horas desta sessão, discordam em tudo. Até nas conferências de imprensa dadas: Nuno Melo alega que dá «as conferências de imprensa que quiser»; e Constâncio diz que pode fazer o mesmo, apesar de ter optado por falar menos do que o deputado.
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