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Constâncio alvo de «técnica de interrogatório inquisitorial»

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Governador acusa deputados de «estratégia por detrás das perguntas» e de fazerem questões que «não têm cabimento»

Vítor Constâncio acusou esta segunda-feira os deputados de prosseguirem com «estratégia de interrogatório inquisitorial durante horas».

Ouvido, de novo, na comissão de inquérito ao processo que levou à nacionalização do BPN, o governador diz ser alvo de «um rol de perguntas que não têm cabimento numa sessão de perguntas» ao responsável máximo pela supervisão.

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O governador do Banco de Portugal disse ainda querer «chamar a atenção publicamente para a estratégia que está por trás deste tipo de perguntas»; «Estou aqui para esclarecer as grandes questões e não há pormenores: se há pormenores ponha-os aos técnicos ou por escrito, mas não espere que seja eu a responder a todas as questões; não tenho obrigação de saber factos em que não estive directamente envolvido; não se pode pedir a um responsável máximo para saber todos os pormenores».

Aludindo às vezes que já foi chamado à comissão parlamentar e às horas que as suas audições duraram, Constâncio apelidou a «estratégia de interrogatório de infinita».

Se Honório Novo, no início desta comissão, tinha já acusado o governador de não responder às questões colocadas, o deputado do CDS-PP foi mesmo mais longe, tocando na questão da ineficácia do supervisor - uma opinião partilhada por todos os partidos da oposição.

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«A supervisão colapsou à sua volta», atirou Nuno Melo. «O senhor governador acha que fez tudo bem. E esse é o erro: a supervisão falhou; se não o assume, não se permite evoluir».

Após a argumentação do deputado democrata-cristão, na qual sublinhou a auditoria ao BPN - e as incoerências entre as versões de Vítor Constâncio e Miguel Cadilhe - o governador do Banco de Portugal apelidou as declarações de Nuno Melo de «sofismas de advogado» e «verborreia sem importância nenhuma».

Na troca de acusações, o deputado democrata-cristão frisou que «o Banco de Portugal resumiu as suas funções de supervisão às matérias prudenciais quando as suas funções vão muito para além disso».

A troca de acusações e de mimos entre os deputados do CDS-PP e PCP e Vítor Constâncio têm vindo a subir de tom ao longo da última hora, com o governador do Banco de Portugal pouco paciente perante os «pormenores» usados pelos parlamentares.

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