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Casa Pia: «Reconheci uma pessoa nas fotografias»

Mas não identifica em tribunal por não ter certeza, afirmou Costa Macedo

Teresa Costa Macedo, antiga secretário de Estado da Família, com a tutela da Casa Pia, admitiu esta segunda-feira em tribunal ter reconhecido uma figura da sociedade portuguesa numa das duas fotografias que viu na década de 80, apesar de na sessão anterior ter declarado não ter reconhecido ninguém. Confrontada com aparentes contradições entre as declarações que havia prestado no Tribunal de Santa Clara, a 11 de Janeiro, e com afirmações sobre as fotos apreendidas em casa do diplomata Jorge Ritto, em 1982.

Questionada pela juíza que lidera o processo Casa Pia sobre se podia identificar a pessoa que afirmou reconhecer, a ex-governante disse que não a pode identificar por não ter a certeza. Costa Macedo diz que viu na fotografia uma figura alta e de perfil.

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«Não há engano. Uma coisa é reconhecer, mas não posso identificar (a pessoa). Reconheci que era uma pessoa conhecida, que estava de perfil mas não a identifiquei. Era uma pessoa alta que me pareceu conhecida mas não identifiquei».

Costa Macedo afirmou ainda em tribunal que do que recorda a figura que pensa ter visto não é nenhum dos arguidos que está a ser julgado. Durante o intenso interrogatório de Sá Fernandes, a voz do advogado subiu de tom e na réplica também Costa Macedo berrou com o defensor de Cruz que, por diversas vezes, colocou dúvidas sobre a credibilidade da testemunha insinuando mesmo que esta nunca viu fotografias. Sá Fernandes chegou a mesmo a questionar Costa Macedo se, na altura em que concedeu entrevistas ao canal de televisão, SIC, a antiga secretária de Estado estaria com algum problema de saúde que pudesse interferir no seu raciocínio.

Essas entrevistas de Costa Macedo à SIC foram visionadas da parte da manhã, gravadas por Sá Fernandes, e nelas a antiga governante admite ter reconhecido uma pessoa nas fotografias e noutra, posterior, alega que não identificou ninguém. Nestas alegadas contradições, a testemunha afirmou que afinal tinha sido uma má explicação da sua parte.

Perante as imagens e os diferentes depoimentos que prestou, Costa Macedo admite que em tribunal diz uma coisa e aos jornalistas diz outra, porque não sente dever de veracidade à comunicação social. Já no tribunal, a testemunha, sob juramento, considera que deve dizer a verdade.

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