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Sócrates «soube pelos» jornais de visita a SPRC

Covilhã: Polícia apareceu no Sindicato para conhecer motivos de manifestação

O primeiro-ministro afirmou hoje ter sabido pelos jornais da visita de agentes da PSP à delegação da Covilhã do Sindicato dos Professores da Região Centro e disse aguardar pelos resultados da averiguação ordenada pelo Ministério da Administração Interna, noticiou a Lusa.

«Eu não sei nada disso. A única coisa que sei foi o que li nos jornais. O Ministério da Administração Interna ordenou uma averiguação. Vamos ver o que resulta disso», declarou José Sócrates aos jornalistas, após questionado sobre a visita de agentes da PSP ao sindicato.

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O ministro da Administração Interna ordenou segunda-feira ao inspector-geral da Administração Interna que instaure um processo de averiguações para apurar os factos ocorridos na Covilhã, que terão envolvido dois elementos da PSP e a delegação do Sindicato dos Professores da Região Centro.

Ao fim da tarde, em comunicado, a direcção do Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC) revelara que decidira apresentar queixa ao Presidente da República, à Assembleia da República, à Provedoria de Justiça e à Procuradoria-Geral da República sobre a visita de agentes da PSP à delegação do sindicato na Covilhã, onde pediram informação sobre eventuais protestos a propósito da visita hoje de José Sócrates à Covilhã.

Segundo denuncia o SPRC em comunicado, dois polícias «à civil» levaram consigo dois documentos de informação.

Dulce Pinheiro, dirigente sindical, disse que «os agentes arrogaram-se o direito de dar conselhos», nomeadamente o de «que tivéssemos cuidado com a linguagem, que não fosse atentatória da integridade pessoal».

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«Tive conhecimento disso pelos jornais», reforçou hoje o primeiro-ministro.

«Se houver alguém que tenha procedido incorrectamente, o MAI não deixará de fazer o que se deve fazer. Esperemos pela averiguação. Não tomemos como verdade o que é uma versão de uma parte», acrescentou.

O primeiro-ministro frisou que quer esta questão «absolutamente esclarecida».

José Sócrates sublinhou que perante um protesto do PCP da Covilhã por «não saber o itinerário e a hora» da sua visita à escola, foi ele próprio quem informou que essa seria hoje às 15:30.

Sócrates desvalorizou as manifestações, sustentando que se realizam há 30 anos contra todos os primeiros-ministros organizadas sistematicamente por «alguns sindicatos e em particular o PCP».

Alegando que existe «instrumentalização dos sindicatos para efeitos partidários», o primeiro-ministro salientou que «sejam ou não instrumentalizados, todos têm o direito de se manifestar».

«Perante uma manifestação, o máximo que posso dizer é humildemente que discordo do ponto de vista e esperar que as manifestações decorram com civismo», disse.

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