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OCDE revê previsões de crescimento em alta

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Retoma está «nos carris», mas será «fraga e frágil», garante organização

A OCDE reviu em alta as suas previsões de crescimento pela primeira vez em dois anos, considerando que a retoma está doravante «nos carris», embora permaneça «fraca e frágil», indica nas suas «Perspectivas económicas» hoje publicadas.

«A retoma que chega será ao mesmo tempo fraca e frágil durante um certo tempo, e as consequências sociais e económicas da crise serão duradouras», prevê a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE), acrescentando, no entanto, que «o pior cenário parece evitado».

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OCDE garante: Portugal vai piorar

A Organização, que agrupa 30 países ricos, prevê uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) da sua zona de -4,1 por cento este ano antes de uma retoma de 0,7 por cento em 2010, o que marca uma ligeira melhoria em relação às suas previsões de Abril (-4,3 este ano, - 0,1 por cento em 2010).

Enquanto a crise atingiu simultaneamente vários países do globo, a retoma deverá surgir de forma desigual, sublinha a OCDE.

A melhoria seria mais nítida para os Estados Unidos, cujo PIB deverá recuar -2,8 por cento em 2009, antes de voltar a crescer em Paris (+0,9 por cento), quando a OCDE se mostrava até lá mais pessimista (-4,0 por cento em 2009, e 0,0 por cento em 2010).

O PIB da zona euro deveria cair -4,8 por cento este ano antes de conhecer um crescimento nulo em 2010. «Os sinais de uma retoma iminente nesta zona ainda não são claramente visíveis».

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As previsões anteriores anunciavam uma baixa de 4,1 por cento em 2009 e uma baixa de 0,3 por cento em 2010.

A Organização nota, por outro lado, que a retoma «já está em marcha» em vários grandes países não membros da OCDE, entre os quais a China, a Índia e o Brasil, que além do mais não sofrem «os danos orçamentais que afectam vários Estados membros da Organização».

O comércio internacional deverá sofrer uma derrocada de 16 por cento este ano, até porque «novos abanos do sistema financeiro não são excluídos» e a «subida substancial do desemprego» deverá prosseguir, considera a Organização.

OCDE prevê taxa de desemprego de 9,9%

Espanha é o país que mais esforços faz para sair da crise

Na zona OCDE, o desemprego deverá assim atingir os 8,5 por cento da população activa em 2009 e 9,8 por cento em 2010, ou seja cerca do dobro da taxa registada em 2008.

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No que respeito à inflação, julga que as pressões baixistas deverão manter-se nestes dois anos, mas sem riscos de deflação prolongada, a não ser no Japão.

No final, «a maioria dos países da OCDE deverão enfrentar graves desequilíbrios macroeconómicos», ainda agravados pelos défices públicos, que os Estados deverão combater, no futuro.

A OCDE julga igualmente «crucial para o futuro» modificar as regras de regulação financeira e de supervisão «para limitar o risco de uma nova crise financeira» e apela a que se façam e se publiquem os chamados «testes de resistência» (stress tests) aos bancos.

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