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Dezenas à procura de Madeleine

GNR, PSP, PJ, funcionários do hotel, turistas e moradores tentam encontrar a menina de três anos. Helicóptero vai ajudar nas buscas. Pais garantem que foi «rapto premeditado» e dizem que as janelas foram «arrombadas». Hotel não tem seguranças

(Actualizada às 19h)

30 militares da GNR com cães, PSP, PJ, funcionários do empreendimento turístico e populares participam nas buscas pela pequena Madeleine, a menina de três anos que desapareceu esta quinta-feira de um hotel na Praia da Luz, Lagos. Um helicóptero da Protecção Civil está na zona da Praia da Luz, a sobrevoar a zona rochosa da encosta. Também a Polícia Marítima deslocou para o local lanchas salva-vidas e elementos a pé.

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A GNR deu mapas e uma foto da menina às pessoas que ajudam nas buscas, indicando-lhes os locais onde devem procurar. «A esta hora, toda o Algarve já sabe que a menina desapareceu e a população está a ajudar às buscas», afirmou ao PortugalDiário o porta-voz da GNR, tenente coronel Costa Cabral.

«Não é por falta de meios que não a encontramos, há muitos voluntários a ajudar e temos muitos efectivos no local. As buscas estão a ser exaustivas», garante.

A PJ já ouviu os pais e os responsáveis do hotel, com mais de 200 hospedes. Elementos da judiciária pediram imagens da câmara de vigilância do supermercado que fica em frente ao hotel, mas o equipamento está avariado.

Para já, as autoridades têm em conta «todas as hipóteses: a criança pode ter saído sozinha [até porque o apartamento fica num rés-do-chão] e andar perdida, alguém a pode ter encontrado, ou pode realmente ter sido raptada», disse.

Fonte policial adiantou ao PortugalDiário que «se a criança tivesse saído pelo próprio pé os cães já teriam encontrado o rasto, o que ainda não aconteceu. Há vários cães a bater o local e começaram pouco tempo depois do desaparecimento».

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Mas para os pais, o cenário mais provável é o rapto, disse à Lusa um casal de ingleses que acompanhou os pais da menina no jantar que decorreu aquando do desaparecimento. O amigo do casal explicou que, enquanto jantavam, os pais foram várias vezes ver se os filhos estavam bem e terá sido cerca das 21:20 que deram pelo desaparecimento de Madeleine.

Quando deram pelo desaparecimento da criança, os pais julgaram que esta se encontrava no apartamento ou tinha saído momentaneamente, pois a porta do quarto das crianças estava aberta. Contudo, foi quando se depararam com as grades das janelas deste quarto forçadas que suspeitaram que alguma coisa grave teria acontecido.

As janelas do apartamento, por onde eventuais raptores terão entrado, estão localizadas na traseira e não são visíveis do restaurante onde os pais jantaram. Ao início da tarde, uma equipa da PJ esteve no quarto a tirar as impressões digitais da janela.

No interior do quarto, os gémeos continuavam a dormir, sem aparentar qualquer agitação, disse Dave Payne. O casal confirmou que não fora roubado qualquer bem material, o que os levou a suspeitar que se tratou de um «rapto premeditado».

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Este inglês afirmou que um dos convivas terá visto, durante o jantar, uma «pessoa suspeita» com uma criança ao colo, embora na altura não tenha suspeitado de qualquer coisa estranha, uma vez que aquele é um espaço frequentado por várias famílias.

Madeleine, filha de um casal de médicos, faz quatro anos na próxima semana. Quando desapareceu, vestia um pijama branco.

Hotel não tem segurança nem porteiro

O complexo turístico Ocean Club da Praia da Luz não dispõe de qualquer sistema de vigilância, como seguranças ou câmaras de vídeo, verificou a Lusa no local. Segundo a agência, qualquer pessoa pode entrar no empreendimento turístico, a cerca de 200 metros da praia, sem ser gravado por câmaras e sem que lhe seja pedida qualquer identificação, visto que não existe porteiro ou seguranças.

A falta de segurança tem sido, aliás, uma das causas do elevado número de assaltos naquele empreendimento turístico durante o Verão passado, disse à Lusa o funcionário de um restaurante contíguo.

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